Uma reunião, hoje, vai definir o futuro de Vagner Mancini em São Januário. O presidente Roberto Dinamite sofre pressão de conselheiros do clube para demiti-lo. O dirigente não quer tomar decisão precipitada, mas, após a derrota para o Olaria a primeira de um time grande para um pequeno no Estadual a situação ficou delicada. O Vasco não perdia para o adversário há 39 anos(*), já não vence há três jogos e caiu para o terceiro lugar no Grupo B da Taça Rio.
Na quarta-feira, o time recebe o Americano em São Januário, mas Roberto não sabe se o treinador será Mancini. Fizemos um planejamento, mas as coisas não estão boas. Buscamos as vitórias, mas elas não estão acontecendo, era para ser de outra forma, disse o presidente, que foi taxativo: Vamos avaliar a permanência dele. Não dá para tomar atitude no vestiário, não queremos tomar nenhuma atitude de cabeça quente. Vou me reunir com a diretoria e ver o que é melhor para o Vasco.
O diretor executivo Rodrigo Caetano quer a permanência: Queremos uma sequência para o ano, não será por causa de uma derrota que tomaremos medidas drásticas.
Por enquanto, o discurso de Mancini é firme: Vou ficar para tirar o Vasco dessa situação, não sou covarde. Não vou entrar nesse clima. Ninguém faz nada sozinho. Somos uma família que, às vezes, consegue os resultados.
Mas em outras, não.
Temos que estar frios nessa hora.
Não posso ter desaprendido da noite para o dia, afirmou.
Um dos líderes do elenco, o zagueiro Fernando diz que a troca de treinador não é a solução.
A diretoria precisa mantêlo porque os jogadores que estão vão continuar. A culpa não é do treinador, disse.
Os jogadores do Vasco se reapresentam, hoje, às 16h, em São Januário. Resta saber se encontrarão VagnerMancini no vestiário do clube.