O presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, ficou indignado com a postura dos dirigentes do Vasco, que destinaram apenas 10% da bilheteria do clássico ao Alvinegro, uma vez que ele seria realizado em São Januário. Essa foi a justificativa do Botafogo para se recusar a atuar no estádio vascaíno.
O desabafo do dirigente, feito numa entrevista coletiva convocada às pressas durante o treino desta quinta-feira, em General Severiano, foi sob tom de indignação.
\"Por que eu tenho que jogar com apenas 10% do estádio num momento em que o Botafogo é campeão da Taça Guanabara, num momento em que o time tem a torcida muito mais mobilizada?\", questionou Assumpção.
Em resposta à atitude do Botafogo, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, fechou São Januário para o rival. No seu entender, \"se o Botafogo não pode jogar em São Januário contra o Vasco, não poderá também atuar contra outros clubes\", respondeu Dinamite, acusando ainda o rival de \"não entender o momento vivido pelo futebol carioca\".
Também essa afirmação deixou Assumpção exaltado:
\"Que discurso é esse? Pois foi o Botafogo o clube mais prejudicado nesse episódio! Quando precisavam jogar no Engenhão não meti a faca no pescoço de ninguém e não coloquei imposições, não limitei número de torcida\".
Assumpção anunciou que uma junta de advogados está estudando o caso da interdição do Engenhão em busca de um caminho para que o Botafogo seja ressarcido dos prejuízos inevitáveis.
\"Estávamos conversando com uma empresa sobre um contrato de \"naming rights\" - cessão do nome do estádio a uma empresa - no valor aproximado de R$ 30 milhões. Este é um momento delicado, que precisamos superar. A questão do Engenhão é real e o Botafogo teve prejuízos reais. Temos contratos assinados que vão até o fim do ano. Sem o estádio não há visibilidade. Quem vai pagar por isso?\", finalizou Assumpção.