O estilo em campo é espalhafatoso e às vezes falta um trato mais caprichado com a bola. Mas Riascos, no fim das contas, faz por merecer a condição de centroavante titular do Vasco. Em um ano de ataque abaixo da crítica, é o colombiano quem tem desempenho menos pior como camisa 9. Com um gol a cada 243 minutos em campo, está à frente dos companheiros e se transformou nesta reta final no homem de confiança do técnico Jorginho.
Contra o Joinville, ele mostrou oportunismo e marcou o segundo na vitória por 2 a 1. Foi o primeiro dele desde que voltou a ser titular, há três partidas. Mesmo com a pontaria discutível, está bem à frente de Leandrão (776 minutos para cada gol marcado), Herrera (872 minutos) e Thalles (277 minutos), seus concorrentes diretos por uma vaga no ataque.
O momento é de alta, mas a passagem de Riascos pelo Vasco tem sido marcada pela oscilação. Contra o Corinthians, por exemplo, ele voltou a enfrentar as vaias da torcida, ainda durante o primeiro tempo. Experiente, o jogador de 29 anos não se abalou. Com os treinos de finalização em São Januário, recuperou a confiança para suportar a pressão que tem sofrido.
- O trabalho me ajudou 100% porque não foi para eu aprender a definir, mas para tranquilizar minha cabeça. Foi uma decisão do corpo técnico e me ajudou muito - afirmou o colombiano.
Longe de ser unanimidade como jogador, Riascos mostra capacidade de adaptação grande. Com menos de um ano de Brasil, fala bem o português. O período no Vasco é ainda menor. Desde maio na Colina, o atacante rapidamente se entrosou ao clube e ao Rio. Seu empréstimo pelo Cruzeiro vai até maio do ano que vem, mas caso o time seja rebaixado, é bem provável que retorne à Belo Horizonte antes disso. Adepto das comemorações de gol diferentes, ele não sabe como fará se o Vasco escapar da Série B.
- É algo que sai de dentro de mim, mas não sei como farei - admite, aos risos.