Ricardo Gomes não poupou nem os homens de frente. Para corrigir as falhas na defesa, a bronca foi geral. O time, em quatro partidas, tinha sofrido oito gols. O problema está no tamanho dos adversários. A zaga do Vasco foi vencida por equipes chamadas pequenas (Comercial-MS, Macaé, Duque de Caxias e Madureira). Contra o Botafogo, no último domingo, passou em branco. O motivo: puxão de orelhas.
A bronca começou com os zagueiros. No duelo contra o ataque alvinegro, funcionou. O grandalhão Loco Abreu foi vigiado de perto por dois marcadores, pois aquela era a preocupação maior dos vascaínos. No entanto, não foi apenas a dupla Dedé-Anderson Martins a responsável pelo sucesso da última rodada. A marcação começou lá na frente.
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Anderson Martins e Dedé formam uma dupla entrosada no Vasco.
O Ricardo (Gomes) cobrou de todo mundo. Cobrou dos meias, do time todo. Cobrou posicionamento, pediu para preencher os espaços. Quando sai um gol, a culpa não é só da defesa, é de todo mundo, então todo mundo tem que entrar ligado e tem que marcar, entregou o zagueiro Anderson Martins.
Gomes exigiu que o meio-campo se desdobrasse. O setor hoje tem Rômulo, Eduardo Costa, Bernardo, Felipe e Diego Souza. Os três últimos já atuaram como volantes. Com a facilidade de marcar, o trio não economiza fôlego. Sem a bola, todos voltam e marcam. A exceção foi Diego Souza. O meia fez apenas um jogo, e assim mesmo atuou como atacante.
Ele quer todo mundo se ajudando, todo mundo voltando, um time compacto, comentou Anderson Martins, que se diz à vontade ao lado do companheiro Dedé. O zagueiro, de 23 anos, chegou ao Vasco em 2011. Revelado pelo Vitória, vem ganhando experiência no futebol carioca. Dedé me ajuda bastante. A gente conversa, ele me passa confiança. Estamos nos entendendo bem.