Diego Souza foi revelado pelo Fluminense, rival do próximo domingo, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão, mas as lembranças, principalmente como profissional, não são as melhores e ele diz ser indiferente enfrentar o ex-clube. O técnico Ricardo Gomes pensa de maneira diferente. Assim como seu camisa 10, o hoje comandante vascaíno nasceu para o futebol nas Laranjeiras. A diferença é que ele trilhou uma trajetória de muitas glórias. E o carinho permanece até hoje.
- Tenho um respeito enorme pelo Fluminense. Aprendi muito lá dentro. Foi onde me formei como homem e atleta. Só tenho a agradecer, mas agora sou adversário e vou fazer de tudo para sair vencedor do confronto - afirmou.
No Fluminense, ao lado de Duílio, Ricardo Gomes formou a zaga que conquistou o tricampeonato Estadual de 1983/1984/1985 além do Campeonato Brasileiro de 1984. Humilde, o treinador agradece ao ex-clube por tudo que conquistou em sua vitoriosa carreira. E, ao revisitar o passado, relembrou que viveu muitas alegrias, mas também sofreu muita dor de cabeça com os times do Vasco.
A alegria maior foi a conquista do Brasileiro sobre o maior rival. Já a dor de cabeça veio em um dos últimos jogos que disputou pelo Fluminense, antes de se transferir para o Benfica. Foi justamente uma derrota para o Vasco pelo Campeonato Carioca de 1988. Na ocasião, o Gigante da Colina venceu por 2 a 1, gols de Vivinho e Bismarck, com Tato descontando. O Vasco conquistou o turno e, posteriormente, o título Estadual.
- Normalmente o Vasco tinha grandes ataques, muito difíceis de marcar. Participei de grandes confrontos, sempre com o Maracanã lotado. Nunca vi estádio vazio. Também, os dois clubes sempre lutavam por títulos, foi um confronto que ficou marcado. Conquistei um Brasileiro, mas perdi esse turno antes de sair - relembrou.
Mas os comentários sobre o rival pararam no campo da história. Ex-treinador do clube, Ricardo Gomes não quis julgar a saída de Muricy Ramalho, que criticou duramente a estrutura do Tricolor. Para o comandante vascaíno, as avaliações cabem a cada profissional.
- Duas coisas são importantes em um clube: bons jogadores e boa estrutura. São situações básicas. Mas o Muricy entendeu que não conseguiria fazer mais nada com o que o Fluminense o oferecia. Ele conquistou um Brasileiro daquela maneira, mas achava que não iria evoluir mais. A avaliação é de cada um. Tem treinadores que aceitam - comentou