Ricardo Rocha e Luisinho falam sobre a defesa do Vasco

O insucesso e as constantes falhas do setor defensivo vascaíno tiraram do sério até o presidente do clube, Roberto Dinamite. O dirigente, irritado, logo após a partida contra o Vitória, em que o Vasco foi derrotado por 2 a 0, disse que até ele, aos 56 anos, faria gols na zaga cruzmaltina. Os ex-jogadores Ricardo Rocha e Luisinho Quintaniíha, que já cuidaram do setor no passado, falaram sobre o desempenho do time na temporada.

O tetracampeão e ex-zagueiro do Vasco afirmou que tem acompanhado o time na atual temporada e evitou fazer qualquer comparação com a época em que atuava. Ele acredita que o time precisa trabalhar mais a parte defensiva para evitar levar tantos gols.

\"O time tem tomado muitos gols bobos e isso não pode acontecer com um clube da grandeza e história do Vasco. Não dá para comparar aquele Vasco dos anos 1990 com o atual. São times diferentes\", afirmou Ricardo Rocha.

Ao responder sobre as declarações de Roberto Dinamite, Ricardo Rocha entende que foi um desabafo. \"Ele tem direito de falar o que pensa. Afinal, é o presidente do clube. No momento, o Vasco não tem feito boas atuações e isso gera um desconforto em relação ao planejamento de um time para as competições. Falhas existem, tanto individual quanto coletiva\", disse.

Luisinho Quintanilha, conhecido como o \"Guerreiro de São Januário\" disse conhecer o trabalho do treinador Gaúcho dos tempos em que atuou na Colina Histórica e afirmou que acredita no trabalho do comandante vascaíno.

\"O Gaúcho é um técnico experiente e ele conhece muito bem o clube. Ele está tendo uma oportunidade e, apesar das dificuldades dos últimos jogos, ele tem de continuar o trabalho e, acima de tudo, acreditar no esforço da equipe\", declarou Luisinho Quintanilha.

O próprio Gaúcho se mostrou descontente com a atuação da zaga na derrota para o Vitória. Para ele, os constantes erros cometidos pela defesa deram o resultado para o adversário. E não é por falta de indicação que o time vem cometendo tantas falhas no setor.

\"Foram dois erros capitais, coisas primárias no futebol, que a gente sempre alerta os jogadores, tanto após os jogos como também nas preleções antes de a bola rolar. E complicado, não temos como entrar em campo pra pedir para fazer diferente. No futebol, às vezes, o jogador acaba insistindo no erro\", completou o treinador.