A Copa do Brasil é considerada uma competição de extrema importância por ser um curto caminho para a disputa da Libertadores. Mas no Vasco, o sério risco de queda no Campeonato Brasileiro fez este planejamento mudar. Embora o discurso seja o de valorizar o mata-mata, o grupo cruz-maltino tem a consciência de que evitar a queda para a Série B deve ser a prioridade. Então, o confronto com o Goiás, nesta quarta-feira, pelas quartas de final, será encarado com um peso menor.
A derrota por 2 a 1 para o Vitória, na última quarta-feira, significou um alerta. Ainda em São Januário, após a partida, um jogador traduziu o sentimento do elenco em relação ao futuro do Vasco até o fim da temporada.
- O foco precisa ser numa competição só. Até porque se nós passarmos pelo Goiás, serão dois clássicos pela frente - lembrou o jogador, referindo-se ao possível confronto com Flamengo ou Botafogo na semifinal, mas ressaltando que a equipe não pretende entregar a Copa do Brasil, e sim priorizar o Brasileirão.
Em São Januário, todos têm a consciência da relevância da Copa do Brasil, que o clube conquistou em 2011. No entanto, existe a certeza de que, colocando na balança, a queda para a Série B teria um efeito negativo muito maior do que os benefícios de um título. No Vasco, é lembrado o recente exemplo do Palmeiras, que em 2012 foi campeão da Copa do Brasil mas terminou a temporada amargando seu segundo rebaixamento no Brasileiro.
Uma nova derrota por 2 a 1 – desta vez para o Atlético-MG, no último domingo – deixou o cenário ainda mais claro. Dessa forma, Juninho Pernambucano foi poupado da partida contra o Goiás, pela Copa do Brasil para estar em melhores condições no jogo contra o Bahia. Este planejamento é também um indício de que o trabalho para a fuga do rebaixamento ganhou uma importância ainda maior.
Segundo alguns cálculos, o Vasco precisa vencer oito de suas 15 últimas partidas no Brasileiro para garantir a permanência na Série A. Caso vença sete, ainda terá chances de ser rebaixado após a última rodada da competição.