Flamengo x Vasco não é novidade para Jayme de Almeida. No tempo em que era jogador, enfrentou o rival algumas vezes e viveu todo o clima que envolve o clássico. O então zagueiro não teve lá vida muito fácil contra o Cruz-Maltino e precisou se virar para marcar Roberto Dinamite. Agora, tenta dar um jeito no Rubro-Negro como treinador. Neste domingo, comanda a equipe contra o arquirrival, que tem o ex-atacante como presidente, pela 26ª rodada do Brasileirão, no Mané Garrincha, em Brasília, às 16h. Jogo tenso, já que os dois times não estão tranquilos com a proximidade da zona de rebaixamento.
Jayme lembra com saudade daquele tempo de jogador e sorri com a coincidência que o destino pregou. Dinamite também não vive dias fáceis à frente do clube de São Januário, e o reencontro tem peso pela tradição e por aquilo que as equipes enfrentam na temporada.
- Sempre falo que ganhei mais (risos). Estou brincando, não tenho ideia. Não sei, não sei. Marcar o Roberto era legal. Era um desafio. Ele era o atacante e hoje está aí, é presidente do Vasco. Não tenho noção se ganhei mais. O título (do Carioca) que ganhei em 74 foi em cima do Vasco. Ganhei e perdi muito - disse.
Jayme não está totalmente enganado. Pelo Flamengo, enfrentou o Vasco 15 vezes como jogador, sempre como titular. Foram cinco vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Ele não marcou gols. O ex-zagueiro defendeu o clube entre 1973 e 1977.
- Conheço a história de Flamengo e Vasco, até por ter jogado, participado, é uma rivalidade grande no bom sentindo. Sempre é um jogo muito disputado, sem favorito. O Flamengo tem feito bons clássicos esse ano, a gente espera fazer um bom jogo. Temos jogado bem, melhorado, basicamente porque os meninos entenderam a ideia e têm colocado em prática. Eles estão dando o máximo. Isso dá confiança para o jogo contra o Vasco.
O Flamengo ocupa a 11ª posição, com 33 pontos. O Vasco tem 28, em 16º. As duas vitórias seguidas, sobre Criciúma e Coritiba, e uma campanha melhor que a do rival não deixam o treinador rubro-negro relaxar.
- Não tem oba-oba. A situação não ficou maravilhosa, temos um caminho muito longo. Seria maluco, irresponsável de achar que está tudo resolvido. Eles (jogadores) sabem disso também e se preparam jogo a jogo. Depois a gente pensa no próximo. A ideia é que fim do ano a gente tenha uma equipe.