Bruno Henrique estará à disposição de Abel Braga no Flamengo para o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca contra o Vasco, neste domingo. Presente no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), o atacante seria julgado na tarde desta segunda-feira pela expulsão no Fla-Flu da semifinal da Taça Rio, disputado dia 27 de março, pela entrada dura em Gilberto.
No entanto, um pedido de agravamento da denúncia por parte do procurador da 5ª Comissão Disciplinar de "jogada violenta" para "agressão física" abriu margem para um pedido de adiamento do julgamento por parte do advogado do jogador, por não haver tempo hábil para preparação da defesa. Pedido que foi aceito pelo presidente da sessão.
A data do novo julgamento ainda não foi definida, mas não ocorrerá nesta semana. Desta forma, o atacante está liberado par o primeiro jogo da f. No entanto, há a possibilidade de o julgamento ocorrer na semana que vem, antes da segunda partida da decisão.
Pena pode ser mais pesada
Bruno Henrique foi expulso na semifinal da Taça Rio, disputada no dia 27 de março, quando levou o cartão vermelho direto após uma entrada com as travas da chuteira em Gilberto (veja no vídeo abaixo). Na súmula, o árbitro Marcelo de Lima Henrique ressaltou que o atacante atingiu "com força excessiva (com travas da chuteira) o joelho de seu adversário".
Ele foi enquadrado pela procuradora Clarissa Lugarinho Pimentel no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (praticar jogada violenta) parágrafo 1º, I, (emprego da força incompatível com padrão razoavelmente esperado para modalidade), com pena de uma a seis partidas.
Porém, no julgamento, o procurador José Pierre Mattos pediu para mudar a denúncia para o 254-A (praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente), com pena de quatro a 12 jogos. Em caso de alteração para uma denúncia mais grave, o regimento prevê que a defesa pode pedir o adiamento do julgamento. Foi o que foi solicitado pelo advogado do clube, Michel Assef Filho. Pedido aceito pelo presidente da comissão.
Como já havia sido advertido antes no TJD-RJ pela expulsão contra o Vasco, no dia 9 de março, o atacante não é mais réu primário e só poderá ser punido ou absolvido neste próximo julgamento.