O Fluminense entrou com um mandado de garantia no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJD-RJ) pedindo a anulação da resolução de Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), que veta a realização de jogos contra o Vasco no Maracanã pelo Campeonato Carioca sem que haja acordo entre os clubes sobre a localização de suas torcidas no estádio ou decisão judicial desportiva sobre o caso.
A decisão de Rubens Lopes foi tomada no dia seguinte à confusão na final da Taça Guanabara. O presidente do TJD-RJ, Marcelo Jucá, emitiu um despacho dando três dias para que Rubens Lopes preste informações sobre o tema. Na sequência, será marcado um julgamento no pleno do Tribunal para tomar uma decisão sobre o caso.
O clube das Laranjeiras defende que não há uma omissão no regulamento que sustente a resolução tomada por Rubens Lopes. No pedido, o Tricolor alegou mais uma vez ter direito ao Setor Sul do Maracanã mesmo como visitante baseado em cláusula no contrato com o estádio e lembrou que já foram disputados nove clássicos com o Vasco no local com esta configuração de torcidas nas arquibancadas desde a assinatura do contrato com o Consórcio.
Nos dias que antecederam a final da Taça Guanabara, disputada no último dia 17 de fevereiro, os clubes brigaram pela destinação do Setor Sul do estádio às suas respectivas torcidas, uma polêmica que se arrasta desde 2013, quando o Fluminense e Consórcio Maracanã assinaram contrato.
Com aval de Ferj e Maracanã, o Vasco iniciou vendas para seus torcedores para o setor, mas o Fluminense conseguiu uma liminar garantindo ter direito ao local. Na madrugada da partida, a Justiça determinou que o jogo fosse realizado com portões fechados. Com muitos ingressos comercializados, os cruz-maltinos compareceram em peso ao estádio. Houve confusão entre torcedores e polícia militar nos arredores e, já com a bola rolando, o juiz de plantão autorizou a abertura dos portões por medida de segurança.