Passada uma semana da confusão que culminou com o encerramento da partida contra o Vasco, o Sport segue em uma verdadeira ‘força-tarefa’ para remediar os efeitos da tentativa de invasão por parte de alguns torcedores. O Leão trabalha junto às autoridades para prestar auxílio.
Com relação aos agredidos, um bombeiro e uma bombeira civil, sete pessoas já foram autuadas. O trabalho de identificação do agressor está a cargo das autoridades competentes, que contam com a colaboração do clube, inclusive com acesso às câmeras de segurança da Ilha do Retiro, além de registros em fotos e vídeos feitos no dia. O Sport também está em contato com as vítimas.
Um ponto considerado importante pela diretoria leonina é a ação da Polícia Militar. De acordo com relatórios disponibilizados pela própria organização, a tentativa de invasão do campo durou pouco mais de um minuto, sendo contida rapidamente, e apenas um torcedor conseguiu chegar mais perto das quatro linhas, ainda assim sem conseguir acessar a área de jogo. Esse mesmo documento também atesta que as autoridades garantiram ao árbitro que a segurança estava garantida para que o jogo continuasse.
Outra versão que o Sport tentará desmentir durante seu julgamento é a de que o Vasco teria ficado encurralado dentro do vestiário. Para isso, o departamento jurídico rubro-negro reúne imagens que mostram um ambiente controlado no entorno do local, com a presença de um carro da polícia e de seguranças particulares disponibilizados pelo próprio time, inclusive na saída do ônibus da delegação rumo ao hotel.
Com o julgamento no STJD marcado para a próxima quarta-feira, Rodrigo Guedes, vice-presidente jurírido do Sport, diz que a intenção do clube é obter um julgamento justo e se baseia em outros acontecimentos semelhantes.
“O Clube já vem estudando a denúncia, temos conhecimento de julgamentos de fatos similares que ocorreram no Brasil. É apresentar a defesa, recursos, defender os interesses do Sport para que ao final seja alcançado um julgamento justo”, disse.
Em decisão preventiva, o STJD interditou a Ilha do Retiro de imediato. Além disso, o Sport não poderá contar com sua torcida nos seus jogos como mandante e também não terá carga de ingressos para os seus torcedores nos duelos como visitantes.
O Sport foi denunciado em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (artigos 205, 211 e 213) e também nos artigos 19 e 20 do Regulamento Geral de Competições da CBF. Sendo assim o clube pode perder o mando de campo (de um a dez jogos), ser multado (em até R$ 100 mil) e também perder os pontos da partida.