Sócio Remido do Vasco, o torcedor Luis Rocha acusou agressão do presidente eleito do Conselho Deliberativo Roberto Monteiro, dentro das sociais de São Januário, logo após a vitória por 2 a 0 sobre o Universidad de Concepción.
Em suas redes sociais, Luis Rocha relatou o caso e disse ter sido agredido gratuitamente por Monteiro. A reportagem do GloboEsporte.com procurou Roberto Monteiro, que não confirmou o caso e disse tratar apenas de "intriga da oposição". O dirigente estava entrando em uma cirurgia e pediu para que a ligação fosse refeita à tarde.
- Eu estava na parte superior da social, na saída dos camarotes, próximo à sala da presidência, conversando com o segurança, quando o Roberto Monteiro passou na minha frente, normalmente como se fosse para a sala da presidência. No que ele passou do meu lado, sumiu do meu foco de visão, começou a me golpear na cara. Uma meia dúzia de socos. Os seguranças seguraram ele. Eu simplesmente levei meia dúzia de socos ou até mais do Roberto Monteiro, gratuitamente. Nem falei com ele, não teve um "oi", não teve nada. Nada. Nenhuma ofensa a mim, nada - disse Luis.
Luis diz que tentou ir ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) poucos minutos após a agressão, mas que um funcionário barrou sua entrada, alegando que a unidade já estaria fechada. O torcedor revelou que vai até à delegacia para prestar queixa e depois fazer exame de corpo de delito.
Segundo o torcedor, a relação com Roberto Monteiro sempre foi "normal", mas sem muita intimidade. Ele diz que chegou a fazer parte do mesmo grupo político até a eleição - o grupo "Identidade Vasco". Ambos também frequentavam arquibancada. O dirigente, inclusive, já foi presidente da Força Jovem, maior torcida organizada cruz-maltina.
- Não tenho a menor ideia (do motivo de ter sido agredido por Monteiro). Eu era da "Frente Vasco Livre", sou da Cruzada, a gente era da "Frente", a gente estava junto (...) Nossa relação era normal, de "oi e oi". Nunca tivemos uma relação mais íntima, nem mais áspera, vamos dizer assim - disse o torcedor.
Depois do jogo, houve protestos contra o presidente eleito Alexandre Campello, com gritos de "traidor" em referência ainda à disputa eleitoral. Torcedores também filmaram brigas e muita confusão do lado de fora, na rua General Almério de Moura.