Em entrevista ao programa \"Só Dá Vasco\" de 07/12/2010, o diretor-executivo do Vasco Rodrigo Caetano fala sobre a busca por reforços no mercado sul-americano:
\"Na verdade, nas posições de trás, que nós conversamos, já temos algumas coisas encaminhadas com bons valores, bons jogadores. Onde que é a carência maior, não só no cenário nacional, como também sul-americano? É o ataque. Jogadores que se destacam um pouco já fazem a conexão direta com a Europa ou até mesmo se perpetuam nos clubes onde estão. Nós temos uma dificuldade muito grande de tirarmos alguns desses. Mas óbvio que é um mercado que a gente está sempre atento. Hoje em dia, isso também virou moda aqui no Brasil, porque todos aqueles que optaram por vir para cá deram certo. Isso vai estar sempre na nossa mira. Mas até para trazer, a gente tem que contar com alguns outros ingredientes. Eu vou fazer um breve relato de um jogador que é brasileiro mas só jogou no Uruguai e na Argentina, que é o Jadson Vieira. Ele foi bicampeão uruguaio e campeão argentino, em nove anos. Veio aqui e não conseguiu ainda ser aquele jogador que foi lá. Tenho certeza absoluta que não só para mim, mas para todos, a impressão que passou não foi boa. A gente tem que tomar muito cuidado. O próprio Montillo, que muito se destacou no Chile e veio para cá, num caminho semelhante ao do Conca, sempre foi relegado a segundo plano na Argentina. Eles fizeram parte de um grupo de argentinos que não se afirmaram no país deles. Acabaram indo para o Chile, onde hoje tem, no futebol chileno, como se fossem aqueles jogadores de segunda linha na Argentina, que vieram para cá e deram certo. Conhecer um pouquinho desses meandros do futebol sul-americano é importante até para que a gente tente não errar. Mas nós estamos atentos a isso, sim, pode ficar tranquilo. Vamos tentar acertar.\"
\"O que atrapalha nisso não é nem o salário, é a aquisição. É nisso que eles têm a mais. Um exemplo. O Chile tem condições de adquirir um jogador argentino - os clubes lá, Colo Colo, Universidad do Chile, e assim por diante. O salário, não. O salário é compatível com a nossa realidade. Mas o que inviabiliza é esse poder de aquisição, que nós ainda não temos. Ele com um vínculo lá, com contrato em vigor, fica difícil por isso, não pela questão salarial. Na hora de uma negociação, existem vários fatores envolvidos. Um deles, que é o grande agravante dessa história toda, é essa questão da aquisição.\"