Pelé tinha 17 anos ao ser convocado para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Com a mesma idade, em 1994, Ronaldo vestiu a camiseta da Seleção em seu primeiro Mundial.
Não será inédito se, na Copa 2014, a Seleção Brasileira tiver um guri que hoje sequer terminou o Ensino Fundamental. Em escolinhas dos clubes Brasil afora, meninos olham para cada convocação do treinador Mano Menezes com uma ponta de esperança.
Terei 20 anos na Copa e quero estar na Seleção. Com dedicação, espero chegar lá diz Élgio Júnior, goleiro da categoria sub-15 do Esporte Clube São José e fã do gremista Victor, convocado para os jogos contra o Irã e a Ucrânia.
Sósia de Kaká, Vitor Luis Zwozdiak, de 16 anos, quer repetir a trajetória do craque do Real Madrid. Com o sonho de representar o Brasil em 2014, mandou um recado para Mano depois de suar no treino do Zequinha.
Mano, olha para a gurizada. A juventude tem de ter espaço pede.
Só esperança não basta, alerta o diretor-executivo de futebol do Vasco da Gama, Rodrigo Caetano. Especialista em descobrir talentos, o gaúcho de Santo Antônio da Patrulha lembra que chegar aos gramados profissionais exige compromisso total.
Mais do que jogar muita bola, tem de cuidar da alimentação e esquecer a vida noturna. Senão, vai parar no meio do caminho afirma Caetano.
A presença da tecnologia no futebol é uma certeza para a gurizada. Mesmo que chips na bola sejam descartados pela conservadora Fifa, Vitor Luis acredita que inovações podem deixar o futebol até mais bonito. André Moraes, 16 anos, imagina que no futuro o telão nos estádios seja remédio contra erros.
O acesso ao replay dos lances seria bom diz o garoto que sonha que a Copa de 2014 seja também a dele.