Se houvesse um troféu para a fuga do rebaixamento, Rodrigo, capitão do Vasco desde a barração de Guiñazu, seria o encarregado de levantá-lo. O zagueiro se tornou referência em São Januário em meio à péssima campanha do time no Brasileiro. Contra o Corinthians, quinta-feira, chegará ao centésimo jogo com a Cruz de Malta no peito.
A marca expressiva ganha mais peso pelo tempo que Rodrigo levou para alcançá-la - o zagueiro ainda não completou duas temporadas pelo Vasco. No atual elenco, apenas Eder Luis e Luan têm mais jogos do que ele: com 163 partidas, o atacante estreou pelo clube em 2010; já Luan, com 108, atuou pela primeira vez entre os profissionais em 2012.
A tendência é que Rodrigo ganhe na quinta-feira uma camisa comemorativa do departamento de marketing, com o número emblemático nas costas. Mais do que a ação protocolar, o zagueiro espera conquistar os três pontos, mesmo contra o líder do Brasileiro, que joga por uma vitória para ser campeão.
- Precisamos desses pontos. O adversário é forte, lógico, mas futebol é momento. Quem estiver melhor no dia, leva - diz ele.
Nas 99 partidas pelo Vasco, Rodrigo acumula 42 vitórias, 32 empates e 25 derrotas. O título do Campeonato Estadual deste ano foi o ponto mais alto na Colina. O pior momento foi a agressão que sofreu do lado de fora da concentração, em setembro, no auge da crise da equipe no Campeonato Brasileiro.
Mas o pior já passou. A diferença, agora, é de dois pontos para o Avaí, primeira equipe fora da degola. Se a zebra entrar em campo em São Januário, o Vasco de Rodrigo poderá sair da zona a três rodadas do fim da competição. Para que isso aconteça, a torcida promete apoiar o time. Até domingo, 7.500 ingressos dos pouco mais de 20 mil disponíveis já haviam sido vendidos.