Se depender das raízes vascaínas, o time de juniores do Vasco tem tudo para dar muitas alegrias para a diretoria. Comandado pelo ex-jogador Galdino, o grupo traz filhos de dois jogadores com muita identificação com a história do clube: Romario e Roberto Dinamite. Romarinho e Rodrigo Dinamite trazem na bagagem o peso de representar ídolos que deixaram suas marcar definitivamente na memória dos torcedores e que dificilmente serão batidos.
- Tenho muito orgulho da história que meu pai fez, agora é minha vez. Ele se aposentou e agora eu tento seguir meu caminho, fazer a minha história diz Romarinho.
- Nenhum vascaíno pode negar que faltam raízes neste grupo. Aqui, o Vasco é coisa de pele rebate Rodrigo Dinamite, que tem uma tatuagem com o sobrenome.
Titular da equipe, Rodrigo revela que sente na pele a cobrança de ser filho do presidente vascaíno, Roberto Dinamite, mas diz que o fato acaba fazendo com que ele ganhe ainda mais maturidade para suportar essa pressão dentro e fora dios campos.
- Muita gente tenta fazer comparações, mas já levo na boa. Meu pai é o maior ídolo do Vasco. O lado bom disso tudo é que tenho esse artilheiro em casa (risos). Ele gosta de pegar os vídeos dos meus jogos e assisti-los comigo. Corrige bastante o meu posicionamento e é um grande corneiteiro.
Na reserva, Romarinho guarda com ansiedade a chance de mostrar seu futebol. Tímido, ele diz que não leva para dentro de campo as comparações feitas em relação ao seu pai. Segundo ele, isso só vai atrapalhar na sua carreira.
- É meu primeiro ano de juniores e tenho que esperar. Mesmo sendo filho do Romário, sei que preciso mostrar futebol para poder jogar. O grupo também sabe disso o que é muito importante. Independente de sermos filhos de ídolos vascaínos, somos tratados como qualquer atleta aqui no Vasco.
As curiosidades da equipe sub-20 do Vasco não param por ai. Além de Romarinho, o grupo tem outro jogador que se chama Romário. Bem diferente do xará, ele reconhece que seu nome é forte e vem representando muito bem com a camisa cruz-maltina.
- Meu nome seria Amaro, pois nasci no dia de Santo Amaro (15 de janeiro). Minha avó gostava desse nome, mas sabia que meu pai era fã de futebol e sugeriu Romário. Como jogador do Vasco, fico muito feliz. Porém, é uma responsabilidade muito grande. Não vou fazer o que ele fez nos campos, mas procuro assistir os vídeos e tentar imitar.
Na última quarta-feira, os três representaram o Vasco na partida contra o Duque de Caxias, pela Taça Rio. Até ai, tudo bem. Mas é que a partida foi realizada no estádio Romário de Souza Farias, em Xerém. O Marrentão, que é uma homenagem ao ex-jogador, foi palco de muitas emoções e um golaço do Romário. O time venceu por 2 a 0.
- Mesmo não entrando em campo, estou muito feliz só por estar aqui. Sei que o estádio é em homenagem ao meu pai. Vou ligar para ele quando chegar em casa e contar. Vai ficar feliz - disse Romarinho.
- Como eu falei eu tava vendo muitos vídeos dele (Romário). Acabei aprendendo, fui feliz na finalização e fiz esse golaço - disse Romário, que tem 19 anos e dois filhos.