Romarinho não é muito de dar entrevista. Também evita a internet quando falam sobre sua carreira, já que, desde os seis anos de idade, quando começou no futsal do Vasco, convive com a pressão de ser filho de Romário, um dos maiores jogadores da história. O herói do tetra, mesmo aposentado, ainda impressiona o primogênito.
“Ele me orienta muito, jogamos pelada as vezes, ele com 54 anos ainda faz umas coisas... vejo como se posiciona, como toca na bola, ainda é diferente. As comparações são ruins, porque se erro é o dobro, e se acerto tem uma ressalva que nunca serei tão bom igual ele. Mas como já escutei tanto, hoje não faz mais diferença”, confessou o jogador ao ESPN.com.br.
O atacante hoje veste a camisa do Joinville. Antes, passou por Tupi, Figueirense, Maringá, Zweigen Kanazawa (Japão), Brasiliense e Vasco. No Figueiremse, lamentou a falta de chances com técnico Milton Cruz. No cruz-maltino, confessa que desperdiçou a oportunidade que teve por problemas extra-campo.
“No Vasco fora de campo não fiz o que tinha que fazer, não fui certo. Jorginho me colocou para jogar e não aproveitei. Moleque, 21 anos, não tinha amadurecimento para saber o que estava vivendo, eu saia com amigos, clube ficava sabendo, discutia, minha personalidade forte batia com alguns. Se tivese a cabeça que tenho hoje em 2015, poderia estar até hoje lá. Sonho um dia voltar para o Vasco e marcar meu nome na história.”
A realidade do jogador agora é a briga pelo título Catarinense (o Joinville está nas quartas de final) e a Série D. “Nosso objetivo maior é o acesso. Joinville é time grande, torcida está feliz e almejamos grandes coisas, voltar o time ao lugar que merece”, contou.
Para isso, o ponta tenta evitar alguns conselhos do pai no que diz respeito a funções táticas e outras coisas fora das quatro linhas.
“Meu pai, como foi craque, o melhor que já teve, era mais fácil pra fazer essas besteiras, chegava no campo e se garantia. Então os conselhos dele são um pouco complicados, ele fala tenho que fazer as coisas mesmo, o que der na cabeça e se seguir assim é complicado, porque nunca vou fazer igual ele. Como sou ponta, como volto para marcar ele fica bravo, fala que estou longe da área. Então alguns conselhos tem que filtrar”, concluiu.