A polêmica interferência da diretoria do Vasco na escalação da equipe pode ser surpresa para alguns, mas não para Wellington Paulista. O atacante do Botafogo revela ter visto de perto situação ainda pior quando defendia o Alavés, da Segunda Divisão da Espanha. Segundo o jogador, todas as ordens eram dadas pelo ucraniano Dimitri Piterman, acionista majoritário do clube.
- Ele era presidente, técnico, massagista... Também comandava os treinos e sentava no banco de reservas durante as partidas. Mesmo quem treinava bem sabia que não jogaria, pois o cara tinha o time dele. Era tudo muito estranho - lembra.
Wellington Paulista afirma que a convivência dos jogadores com técnicos como Fabriciano González e Mario Luna era constragedora por causa do alto grau de influência de Dimitri Piterman na escalação do Alavés.
- Os técnicos tinham até vergonha de conversar conosco. Eles começavam a falar e o Dimitri interrompia.
Um dos jogadores mais experientes do Botafogo, Túlio também revela ter vivido situação semelhante à ocorrida no Vasco, que opôs Eurico Miranda e Romário.
- Não vou citar nomes, mas já aconteceu de um técnico meu abandonar o clube por causa da interferência da diretoria. Se realmente aconteceu isso no Vasco, está mais do que certo que o Romário se afaste. Ele está iniciando a carreira de treinador e já mostra sua cara. Deixa claro que não vai aceitar esse tipo de coisa.