Futebol

Romário e Edmundo: relação de amor e ódio

Amor e Ódio. Esses foram os dois sentimentos que marcaram a relação de Romário e Edmundo durante os quase 13 anos que se passaram depois do primeiro encontro, no Flamengo, em 1995. E, com discursos de paz e elogios, os dois vão reeditar a polêmica dupla no Vasco. Resta saber qual sentimento vai predominar, o amor ou o ódio.

Em 1995, Romário pede e é atendido pela diretoria do Flamengo: o então amigo Edmundo é contratado para formar o ataque dos sonhos no ano do centenário rubro-negro ao lado do Baixinho e de Sávio. No embalo, os dois jogadores resolvem atacar de músicos e escrevem o rap dos Bad Boys, apelido que possuíam.

O ataque dos sonhos foi um fracasso, mas os laços de amizade entre os jogadores se estreitaram. Numa partida contra o Vélez Sarsfield-ARG, pela Supercopa, Romário aplicou uma "voadora" no zagueiro Zandoná, que agredira Edmundo com um soco.


O bom relacionamento permaneceu firme até a Copa do Mundo de 1998. Edmundo foi um dos jogadores que foram solidários com a tristeza de Romário após o corte. Porém, a presença de uma caricatura do Animal na porta de um dos banheiros do Café do Gol, casa noturna do Baixinho, fez com que a amizade fosse por água abaixo.

Romário ainda tentou se reaproximar do atacante em 1999, quando, na moda das comemorações com mensagens estampadas em camisas, mostrou solidariedade com a prisão de Edmundo por conta do acidente automobilístico que matou três pessoas em 1995.

Ainda em 1999, Romário acertou sua volta para o Vasco, onde Edmundo era ídolo incontestável. A chegada do Baixinho fez com que as atenções em São Januário fossem divididas, o que não agradou o Animal.

O clima entre os dois não foi bom e só foi amenizado dentro de campo, onde formaram dupla arrasadora. No Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, Edmundo e Romário comemoraram juntos os gols sobre o Manchester United, da Inglaterra, numa cena que ficou marcada na memória dos vascaínos.

A derrota do Vasco na competição acabou com as chances de paz entre a dupla e o ambiente na Colina se tornou cada vez pior. Por conta das brigas de vaidade, surgiu a célebre frase de Romário a respeito do príncipe (Romário), do rei (Eurico) e do bobo (Edmundo).

Edmundo acabou perdendo a queda-de-braço com Romário e deixou o Vasco na metade do ano. Os dois só foram fazer as pazes em 2003, mas a relação nunca voltou a ser a mesma dos tempos de Flamengo. A dupla voltou a ser reeditada no Fluminense em 2004, sem sucesso.

E o jogador-treinador do Vasco Romário, já mostrou que, desta vez, não quer entrar em conflito com o Animal. Mas também não promete carinho com seu antigo parceiro.

- A gente não é inimigo, mas vocês (jornalistas) não vão ver a gente se beijando em campo para tirar fotos.

Fonte: Lancepress
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