Um sinal positivo e apenas poucas palavras. Se não houve trauma na sua saída do Vasco, Romário, no entanto, prefere não se estender quando o assunto é em relação ao clube de São Januário. Há quase dois meses no Miami FC, o Baixinho garante não ter problemas com o técnico Renato Gaúcho. Porém, optou por manter o silêncio quando questionado sobre uma possível desavença com o parceiro de longa data.
- Está tudo beleza - disse um enigmático Romário, após a derrota (1 a 0) do seu time americano para o Virginia Beach Mariners, pela USL (United Soccer Leagues), no último domingo.
Em circunstâncias pouco esclarecidas de lado a lado, o Baixinho deixou o Vasco cercado de mistério. Na coletiva de despedida, em março, apenas o presidente Eurico Miranda falou aos jornalistas diante de um Romário com olhar distante. Coincidência ou não, o grupo vascaíno assimilou bem a saída do ídolo, conquistando uma vaga inédita na final da Copa do Brasil diante do arqui-rival Flamengo.
Poderia ser um momento sublime para a carreira do atacante, que ainda não tem no currículo este título. Mas Romário desconversa e revela apenas a saudade de atuar no maior palco de sua carreira.
- Sempre dá vontade de jogar no Maracanã. Mas estou feliz com a escolha que fiz, e espero que eles possam fazer um grande jogo, com a torcida saindo satisfeita do estádio - declarou ele.
Apesar da distância, o Baixinho mostrou-se antenado com o que tem acontecido no Brasil, principalmente em relação ao futebol carioca. As cenas lamentáveis ocorridas na partida entre a Flamengo e Ipatinga, em que três torcedores foram baleados nas arquibancadas do Maracanã, ficarão na memória do público presente. E, ao seu estilo, Romário mandou o seu recado:
- Tenho visto uma porrada de coisas ruins no Brasil. Ficarei na torcida para que não haja nenhum problema dentro e fora do estádio. O futebol é uma saída para que as pessoas esqueçam os seus problemas.
Por fim, o craque falou a respeito de sua apagada atuação pelo Miami, no Tropical Park Stadium:
- Não foi o meu dia. Tive duas oportunidades e não consegui aproveitá-las. Mas isso acontece e tenho a certeza de que não foi a primeira e nem será a última vez.