Romário: Justiça com os próprios pés

A História mostra que não convém provocar o Baixinho.
Por várias vezes, Romário detonou, dentro de campo, desafetos que fez fora dele. Polemista e sem papas na língua, Romário sempre teve facilidade para comprar brigas.

Hoje à noite, em São Januário, será a vez de o craque rever seu mais recente rival. No ano passado, quando Dário Lourenço era o técnico do Vasco, Romário submeteu o atual treinador do Volta Redonda a um constrangimento inédito no futebol: na terça-feira dia 12 de julho, a menos de uma semana do clássico contra o Flamengo, Romário que não aparecia no clube há uma semana - tomou o controle do treino e escalou o time à sua maneira.

Desgastado pela má campanha que o Vasco fazia no Campeonato Brasileiro, Dário limitou-se a apitar o treino, disputado pelo novo time titular, com seis modificações em relação aos preferidos de Dário.

O resto, diz o ditado, é História: o Vasco foi derrotado por 1 a 0 pelo Flamengo e Dário Lourenço caiu.

Para o seu lugar, prova do prestígio inabalado do Baixinho em São Januário, foi o peixe Renato Gaúcho.

Não era a primeira vez que Romário derrubava um técnico. Dez anos antes, na Gávea, quem caiu foi Vanderlei Luxemburgo. \"Ou ele ou eu\", teria dito, à época, o Baixinho.

Luxemburgo, aliás, protagonizou outro duelo com o craque. O treinador não levou jogadores acima de 23 anos para a Olimpíada de Sydney, em 2000. Romário ficou fora, mas não perdoou quando teve chance de se vingar: após fazer três gols contra a Bolívia, arrematou: \"Quem é ruim se destrói sozinho.\"

Por tudo isso, é bom Dário pôr as barbas de molho hoje. O Baixinho adora se vingar fazendo gols