Marcar no futebol é geralmente associado a fazer gols. Quem o faz no sentido de evitá-los é uma espécie de anti-herói, que tem como missão evitar o ápice do futebol. Romulo tem essa função, mas nem por isso deixa de ser reconhecido por sua eficiência. Só este ano, o volante vascaíno já fez 73 desarmes nas 28 partidas que disputou na temporada.
Cada um tem a sua função, a minha é essa. Marcar, roubar a bola. Deixa para os atacantes fazerem o gol. Sinto falta, mas deixa eles que são especialistas nisso disse Romulo, de apenas 20 anos, que começou jogando no Porto de Caruaru, no Ceará.
Além de facilidade em roubar a bola do adversário, Romulo tem o bom passe como característica. O volante tem alto aproveitamento, chegando a 88,8% de passes certos na Copa do Brasil. Um pouco abaixo do Campeonato Carioca onde teve 92,6% de acertos.
Mas pelo visto o volante vai ter que correr ainda mais. O técnico Ricardo Gomes estuda escalar Juninho como segundo homem, o que daria ao Vasco um meio-campo extremamente técnico com os dois mais Diego Souza e Felipe. Assim, Romulo seria o único marcador de ofício.
Não acho que terei de correr mais por causa disso. Depende muito do posicionamento do time e o Ricardo (Gomes) vai saber fazer isso. O Juninho e o Felipe são experientes e vão me ajudar muito nisso afirmou Romulo, que teve o apoio de Diego Souza.
Temos que nos adaptar. O Juninho jogando como meia ou segundo volante tem sempre como jogar, é só se dedicar. Cada um jogando da melhor maneira possível. Eu voltando pra ajudar, o Felipe e o Juninho também. Todo mundo marcando quando perder a bola afirmou o camisa 10.
Disputa no treino
Um momento curioso no treino de ontem foi quando Bernardo e Dedé saíram do treinamento de faltas. Os dois conversavam e uma bola foi rolada na direção. O meio-campo dominou, virou para Dedé e disse:
Vou acertar no cone falando sobre o objeto que estava bem longe dos dois.
Dedé não deu muita bola e Bernardo acertou em cheio. Dedé pegou a bola e tentou, mas a bola passou longe, arrancando gargalhadas do camisa 31.