O time do Vasco viaja hoje, às 9h, rumo a Natal. Em sua bagagem vai a esperança de milhões de torcedores por dias melhores. Faz ainda hoje o seu último treino antes da estréia, amanhã, às 18h10min, no Estádio Machadão, contra o América-RN.
O Vasco, eliminado precocemente da Copa do Brasil e tendo realizado uma campanha pífia no Carioca, Celso Roth carrega uma responsabilidade do mesmo tamanho do clube. Após seguidas frustrações, Roth chegou com o compromisso de mudar. E mudança é o que não pára de acontecer desde que foi contratado. O problema é que até o treino de ontem, em São Januário, o comandante ainda fazia transformações em seu esquema. Ele promoveu, nada mais nada menos, do que 15 coletivos. Em 14, ele usou o precavido 5-5-1, com: Sílvio Luiz ( Cássio), Thiago Maciel, Jorge Luiz, Júlio Santos e Rubens Júnior; Roberto Lopes, Amaral, Morais, Renato e Abedi; André Dias. No décimo quinto ele mudou. Sacou Abedi e pôs Allan Kardec, passando para o clássico 4-4-2. Essa formação ficou claramente como a sua primeira opção na hora em que precisar mudar. Mas não será a única. O jovem lateral-esquerdo Guilherme, recém-promovido do juniores, encantou a torcida em alguns jogos em que entrou no Campeonato Carioca.
Ele também deverá ter a sua chance no lugar de Rubens Junior. Júnior e Coutinho também viajaram com o time e podem entrar a qualquer momento no lugar dos cabeças-de-área Roberto Lopes e Amaral. Ernane, bastante elogiado pelo treinador, também pode ter a sua vez no ataque, dependendo do resultado parcial da partida. Nesse caso, Roth sacaria um cabeça-de-área e jogaria no 4-3-3. Segundo ele, esse é seu esquema favorito, apesar de ainda não ter treinado. Lá atrás, o goleiro Cássio, titular há um ano, ficará no banco de reservas. Outro titular na era Renato Gaúcho, que também espera sua chance para voltar ao time principal, é o argentino Emiliano Dudar. Com tantas opções, só resta à nação cruzmaltina torcer para alguma delas dar certo. O novo técnico curte essa dúvida e alimenta o mistério.
Eu posso escalar o 4-5-1 ou o 4-4-2 e, com o decorrer da partida, quem sabe até o 4-3-3. Temos essas opções. Essa é uma dúvida pública. Vocês podem chegar à conclusão de vocês, disse o treinador, demonstrando tanta ansiedade ou até mais do que os jogadores para a tão esperada estréia no Brasileiro.