O presidente da Torcida Jovem do Flamengo, Carlos Renato Silva Santos, vulgo Macedo, foi preso em casa, em Quintino, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quinta-feira, acusado de assassinto. A prisão foi feita por policiais da Divisão de Homicídios (DH), que realizam uma operação para cumprir dez mandados de prisão e 15 de busca e apreensão. Batizada de Fair Play (em português, Jogo Limpo), a ação tem o objetivo de elucidar o assassinato de Diego Martins Leal, torcedor do Vasco, ocorrido em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio, em agosto deste ano. Macedo é suspeito do crime. Na residência dele foram encontrados uma pistola e um soco inglês. Outras sete pessoas também foram presas. A sede da torcida, no Centro da cidade, foi interditada.
Michel Levy, vice-presidente de finanças do Flamengo, foi intimado pela polícia a prestar esclarecimentos. Como ele não estava em casa, em Ipanema, na Zona Sul, o porteiro recebeu o documento.
Participam da ação dez delegados, 95 policiais e três peritos. Um helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) dá apoio aos agentes. Fernando Porto de Oliveira, preso em Volta Redonda, chegou na aeronave no Gmar da Barra da Tijuca. Ele foi levado para a sede da DH, no mesmo bairro.
Diego foi morto a tiros e facadas antes do clássico entre Flamengo e Vasco, no estádio do Engenhão, em 19 de agosto. O confronto entre as torcidas dos times ocorreu quando um ônibus com flamenguistas, vindo de Resende, no Sul Fluminense, passou por um grupo de torcedores do Vasco, que estavam num porto de gasolina na Rua Silva Vale. Diego estava num bar na Rua Itaquati quando foi assassinado. Na ocasião, um torcedor do Flamengo ficou ferido.
Segundo um parente de Diego contou na época do crime, o confronto entre as torcidas foi marcado pelo Facebook.