Pedrinho, presidente do Vasco, comentou a saída de Lúcio Barbosa da SAF do clube. O então CEO entregou o cargo nesta terça-feira (11). O adeus ocorre em meio ao imbróglio judicial do Cruz-Maltino com a 777 Partners.
Que fique claro que foi uma decisão pessoal. Para estar no Vasco, tem de querer estar no Vasco. Na minha gestão, só vai estar no Vasco quem quer sentir o Vasco na essência
Pedrinho
O que aconteceu
Pedrinho participou de audiência pública sobre a reforma de São Januário. O evento aconteceu nesta noite, no ginásio do estádio.
Ele citou "estranheza" sobre o momento do pedido de demissão. Lúcio Barbosa deixou o cargo no dia seguinte à reunião do Conselho Deliberativo que debateu o contrato do Vasco com a 777 Partners.
O mandatário indicou que a diretoria está em busca de substitutos. A diretora financeira Kátia dos Santos também deixou a SAF.
Já estamos em busca disso, e temos nomes para ocupar os lugares. Foi uma decisão dele, estranhamente depois do que aconteceu ontem no Conselho Deliberativo, mas respeito. O Vasco continua, nunca parou por ninguémPedrinho
O Vasco retomou o controle da SAF em ação há quase um mês. O clube pegou ações que eram da 777 e se tornou sócio-majoritário da SAF que comanda o futebol
O que mais ele disse?
Você citou "estranheza" pelo momento da saída. "É um processo do Conselho Deliberativo, uma avaliação da questão contratual da 777. Nada além disso. Só me causou estranheza".
Nada pessoal? "[Se fosse pessoal] Ele já tinha saído por demissão, não por renúncia. Nenhuma mudança vai acontecer por falta de empatia, revanchismo. Isso não é da minha característica. Quando se tem um pedido de renúncia, não tem motivo para não acatar"
Saídas aceleram mudanças no futebol? "Algumas mudanças seriam feitas e serão feitas de forma natural, com avaliação do trabalho de perto. Nenhuma tomada de decisão foi do lado de fora. A gente entra, avalia e faz observação do trabalho, e minha percepção já era de forma anterior. O planejamento esportivo já era avaliado, mesmo a distância. Mas sempre respeitando o campo, respeitando para que não tivesse interferência na questão esportiva".
Fizemos tudo isso com muita cautela. Quando dois funcionários pedem para sair, não tem porque não aceitar. Você rende onde está satisfeito. Não é nada radical. Se uma pessoa não quer ficar, o que eu vou tirar de positivo dela? E o Vasco, especificamente, tem um simbolismo muito grande. Quero que respeite a instituição, os torcedores e entenda qual é a verdadeira história do Vasco, e uma mudança de rota".