O local que guarda as conquistas do Vasco também pode ser considerado a casa de Angelina de Oliveira Fonseca. Funcionária do clube, ela cuida há 32 anos da sala de troféus, localizada em São Januário. Diz que as taças são como filhas e aguarda ansiosamente para a próxima semana a chegada da caçula: a Copa do Brasil.
Chego às 8h e saio no fim do dia. Limpo a sala, os troféus, cuido do acesso. Fico mais aqui do que na minha casa. Meus filhos precisam saber dividir as atenções (risos) disse Angelina, mãe de quatro filhos, dois casais.
Entre tantas conquistas, dona Angelina sabe de cor e salteado a história de praticamente todas as taças. E, além de limpar o local, controla a entrada da sala e ainda tira as dúvidas dos visitantes.
Quando alguém precisa, eu falo, explico sobre a taça. Sou vascaína, sei das histórias destacou ela, que, para cuidar da sala, conta com a ajuda de uma de suas filhas.
A sala já viveu dias mais movimentados. Nos últimos anos, ela sofreu como torcedora, pela falta de títulos, e, consequentemente, com a escassez de novos troféus. Por isso, diz que está até mais ansiosa do que o próprio capitão Fernando Prass, responsável por erguer a taça caso o Vasco conquiste a Copa do Brasil.
Olha, é tanta ansiedade que não gosto nem de ficar falando. Fico até arrepiada. Estou esperando muito por um título. Tomara que chegue logo essa taça, mais uma filha, a filha caçula (risos) bradou a vascaína.
Dona Angelina diz que ainda não separou um lugarzinho na sala para a possível chegada do troféu da Copa do Brasil. Mas como em coração de mãe sempre cabe mais um...
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)