Por meio de um mandado de segurança, Dedé teve impedida a transferência de seus direitos federativos para o Cruzeiro em razão de uma dívida do Vasco com a Fazenda Nacional. No entanto, o zagueiro não pretende ficar parado à espera da resolução entre o clube carioca e o órgão do Governo. O jogador e seus empresários estudam medidas para que ele tenha resguardado o direito de jogar futebol.
- Os contratos estão assinados e a operação já foi feita. Respeitamos o que está se passando, mas o Dedé precisa assegurar o direito de exercer sua profissão. Então, caso a situação entre os clubes e a Fazendo não seja resolvida nesta quarta-feira, nós vamos acionar a Justiça do Trabalho em nome do jogador - afirmou Giuliano Aranda, o ex-atacante Magrão, um dos empresários do zagueiro.
Na última sexta-feira, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) afirmou que cumpriria a decisão judicial, o que significaria não confirmar a transferência dos direitos de Dedé para a Federação Mineira. A entidade carioca e a CBF, não terão expediente nesta segunda e terça-feira, por causa do feriado de São Jorge no Rio de Janeiro. Assim, a expectativa é a de que apenas na quarta haja algum desdobramento deste imbróglio.
Vasco e Fazenda Nacional negociam acordo desde o início do ano passado. Com dívidas de cerca de R$ 50 milhões, o clube sugeriu que fossem feito pagamentos com prestações suaves ao longo de mais de dez anos, enquanto a Fazenda, que não aceitou a pedida vascaína, insiste em quitação em 24 meses.
Hoje, o clube tem cerca de R$ 20 milhões penhorados, que servem de abatimento da dívida de R$ 50 milhões. Na venda de Dedé, a Fazenda entrou com mandado de segurança para receber parte do dinheiro da transação.
Nesta segunda-feira, Dedé se apresentou à seleção brasileira, que se prepara para enfrentar o Chile, nesta quarta-feira, em amistoso no Mineirão. Na quinta, o zagueiro retomará seu trabalho com o Cruzeiro, que espera inscrevê-lo para a disputa da Copa do Brasil.