Torcida

Secretário afirma que organizadas exigem punições a torcedores brigões

As figuras que brigam não são novidade para ninguém. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) conhece todos. A Justiça já os viu. Mas eles continuam livres para brigar. Jonathan Fernandes dos Santos e Leone Mendes da Silva, dois dos três presos com a pancadaria em Joinville, já foram condenados anteriormente, mas voltaram aos estádios e às ruas.

Jonathan — de branco na foto — respondeu a processo por porte de arma de fogo em 2010. Na sentença de 2012, consta que ele ia a um estádio quando foi abordado por policiais. A pena: dois anos de reclusão, convertida para serviços comunitários. Mais ainda: nos finais de semana ele deveria dar palestras e cursos para aprimoramento intelectual do réu.

Leone Mendes, o barbeiro de Austin que, quando garoto, tocava saxofone na banda da igreja, foi impedido por decisão judicial de assistir a um jogo de futebol por oito meses. Em 2011, foi detido por incitação à violência. A pena: deveria ir à delegacia no horário das partidas. Em agosto, a juíza Cláudia Vidal checou com a DP se ele estava cumprindo a sentença. Não houve resposta.

— Uma das reclamações das próprias organizadas é que as penas não são cumpridas. Os torcedores presos vão uma ou duas vezes à delegacia nos dias de jogos e depois as próprias autoridades abrem mão desse cumprimento da pena — disse o secretário de futebol do Ministério dos Esportes, Antônio Nascimento.

O Governo quer soluções urgentes para evitar as cenas de selvageria.Amanhã, em Brasília, haverá a reunião com ministérios do Esporte e da Justiça, da CBF, das federações e de clubes. O Ministro Joaquim Barbosa, presidente do Superior Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi convidado para o encontro.

— A preocupação do Governo é grande. Não pode acontecer uma pancadaria generalizada e apenas três ou quatro pessoas ficarem presas. É fácil identificar quem briga. É hora de dar exemplo — disse o secretário, contrário à nova lei e favorável à aplicação do Estatuto do Torcedor.

— A solução é prender e deixar preso . O Estatuto do Torcedor já prevê penas sérias.


 

Fonte: Extra
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