O Brasil ganhou novos estádios para a Copa das Confederações, seja com reformas ou contrução, e vai inaugurar novas arenas antes da Copa do Mundo de 2014. Apesar do alto investimento para deixá-los no padrão exigido pela Fifa, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, garante que isso não vai fazer com que o público de baixa renda deixe de frequentar os jogos de futebol. Entrevistado no Seleção SporTV, Valcke descartou a \"elitização\" dos estádios e disse que o valor investido nas obras não pode ser repassado ao torcedor.
- Leio isso. Alguns deles custaram realmente muito dinheiro, mas que esses estádios vão ser reservados apenas para os ricos, isso é uma bobagem. Um estádio é um estádio. É impossível dizer que porque esse estádio custou \"X\", vamos cobrar ingressos super caros. Não, isso não é verdade, não é o que está acontecendo - disse.
O secretário-geral da Fifa garantiu que, na Copa das Confederações, os ingressos foram mais baratos que em muitas competições que acontecem no Brasil, preços praticados antes mesmo dos novos estádios, e afirmou que na Copa do Mundo também serão disponibilizados ingressos com preços mais populares, a exemplo do que aconteceu na Copa do Mundo da África do Sul, quando foi criada uma categoria apenas para moradores do país com valor reduzido (US$ 20).
- Vocês verão que os preços da Copa das Confederações vão ser até abaixo dos preços que temos no Brasil quando você joga futebol nas ligas normais, nos diferentes campeonatos brasileiros. Na Copa do Mundo, o nível de preços vai ser também muito razoável, para ter certeza que não seja uma Copa do Mundo para os ricos, que estádios são para ricos, nada disso. Vai ser aberto para todas as comunidades e até mesmo aqueles que não têm acesso a jogos normais - afirmou.
Segundo Valcke, a Fifa deve fazer parcerias para garantir que todos os públicos possam assistir aos jogos do Mundial.
- Vamos organizar com o governo ingressos para que essa população tenha acesso ao estádio. São programas que estamos fazendo. Há um lado que é desenvolver o futebol e usar o futebol como ferramenta para educação e, por outro lado, trabalhar com um futebol profissional, de alto nível, para apoiar qualquer tipo de profissionalização do futebol nos diferentes países - disse.