A sede do Clube de Regatas Vasco da Gama, no bairro de São Cristóvão, está em processo de tombamento pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), seguindo os passos das sedes sociais do Botafogo e do Fluminense, que já são preservados pela entidade. A estimativa do instituto é que a formatação do processo de tombamento - que inclui inventário, com produção de histórico e levantamento fotográfico - deva estar concluída em três meses.
O tombamento da sede de São Januário não impedirá que o estádio passe por eventuais modificações, necessárias à modernização do local onde são realizadas as partidas de futebol. O presidente do Inepac, Marcus Monteiro, destaca que é preciso cautela no tombamento de estádios:
- Não haverá nenhum problema se, por exemplo, o estádio precisar ser reformado para a Copa do Mundo. O Maracanã é tombado e acabou de passar por obras de modernização, porque você não pode congelar um estádio que precisa constantemente se modernizar para se adaptar as regras esportivas. O tombamento de São Januário preservará as características fundamentais da arquitetura da sede social, como os azulejos da entrada, que não poderão ser mexidos.
Além de São Januário, o Inepac trabalha hoje com uma lista de pedidos de tombamento, entre os quais estão imagens que representam a arte sacra produzida no Rio de Janeiro e as fazendas do Vale do Paraíba, cujo inventário já foi iniciado pelo instituto. A primeira etapa deste trabalho será lançada nos próximos dias. Até o fim deste ano, o Inepac lançará a segunda etapa do projeto, com dados de mais 100 fazendas do Vale do Paraíba.