Segundo tempo do coletivo mostra o potencial dos reforços jogando juntos

O coletivo da manhã de ontem era aguardado com ansiedade.

Afinal, PC Gusmão daria indicações de qual time poderá escalar contra o Flamengo. O treinador, de certa forma, surpreendeu ao iniciar a atividade mantendo o esquema com três volantes e deixando Carlos Alberto entre os reservas. Mas foi apenas quando o camisa 19 formou trio ofensivo com Felipe e Zé Roberto que os titulares deslancharam.

Com Rômulo, Rafael Carioca e Nilton em campo e apenas Felipe na armação, o time, mesmo com a presença de um meia mais qualificado, voltou a ficar carente de criatividade. Zé Roberto, que atuou mais avançado pelo lado esquerdo, como nos tempos de Flamengo, recuava para ajudar no meio, mas se distanciava da área.

Na primeira parte do treino, as jogadas mais perigosas saíram dos pés de Felipe, que mostrou a velha habilidade com a canhota.

Em uma das jogadas, ele fez fila na entrada da área e quase marcou um golaço.

Na metade do treino, PC fez alterações que surtiram efeito.

Fumagalli entrou no lugar de Nilton e deu mais qualidade na ligação com o campo de ataque.

Já Carlos Alberto substituiu Nunes. E foi aí que os titulares balançaram a rede.

Logo de cara, o trio mostrou entrosamento. Zé Roberto tocou para Carlos Alberto, que deu um belo drible em Thiago Martinelli, soltou a bomba e abriu o placar para os titulares.

Alguns minutos depois, Zé Roberto, o melhor em campo, deu um passe de letra para Carlos Alberto, que chutou cruzado para o próprio camisa 10 completar de carrinho. Felipe, no último lance da atividade, aproveitou o cruzamento de Fumagalli e definiu o placar: 3 a 0, com um gol de cada medalhão.

Bate-bola com Zé Roberto:

O que achou do trio jogando junto no treino?
O Carlos Alberto e o Felipe são jogadores de muita qualidade. Isso ajuda sempre e as jogadas foram saindo com facilidade. Acho que o treino foi bom. Nunca jogamos juntos. Com o decorrer dos jogos, vamos aprimorar ainda mais e ganhar entrosamento. Mas, para o primeiro treino, acho que foi muito bom.

Qual orientação o PC deu para você no início do coletivo?
Pediu para eu encostar no Nunes, jogar perto da área, mais pelo lado esquerdo. Mas ajudar no meio de campo também. Sem a bola, auxiliar na marcação.

E com a entrada de Carlos Alberto no lugar de Nunes, o time ficou sem um atacante de área. Sua função mudou muito com isso?
Não muda muita coisa. Minha função acaba sendo a mesma. Só não tem um jogador de área.

E como está se sentindo para o clássico de domingo?
Estou feliz pela importância do jogo e pelo momento da equipe. É um grande clássico.

Bate-boola com Carlos Alberto

Como está a expectativa de voltar ao time ao lado dos novos reforços?
A expectativa é muito grande. São jogadores de qualidade e acostumados com grandes decisões. Estão todos empenhados e comprometidos com os objetivos do Vasco.

No treino coletivo, você começou na reserva. Já sabe se vai começar jogando no domingo?
Isso é com o treinador. Não sou de ficar pedindo vaga. Mas a única coisa que falei com ele é que estou pronto para ajudar, seja por 15, 30 ou 45 minutos. Eu me sinto bem. Começar no banco não é demérito algum. Já comecei no banco em outras ocasiões quando estava voltando ao time também.

Quando você passou para o time titular, quais instruções o PC Gusmão lhe passou?
Disse para eu auxiliar no meio e, sem a bola, acompanhar a subida do volante. No coletivo, às vezes eu voltava, às vezes o Felipe voltava. Sei que tem muita gente querendo saber como será essa nossa convivência dentro de campo.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)