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Sem dinheiro para obras, sedes do Vasco sofrem com a deterioração

O time de futebol não é o único que sofre com a grave crise financeira que assola São Januário. Aos 114 anos, o próprio clube pena com a falta de dinheiro, mas as paredes não podem reclamar, como jogadores ou treinador. As instalações agonizam silenciosamente à espera de cuidados.

As intervenções feitas ano passado, uma série de benfeitorias bancadas pela Ambev, não contemplaram o clube inteiro. Por dentro e longe do glamour do futebol, a sede segue seu lento processo de deterioração.

A sujeira no estádio provocou a proliferação de ratos, que visitaram a social de São Januário semana passada, em plena luz do dia. A falta de funcionários para fazer a manutenção é rotineira, por causa do atraso sistemático no pagamento dos salários. Quem vai trabalhar, muitas vezes tem a passagem de ônibus paga pelo vice de patrimônio Manuel Barbosa, com dinheiro do próprio bolso.

Não faltam pessoas atentas ao problema, o que não há na praça é verba. Manuel Santos, vice-presidente de obras, está produzindo um relatório minucioso a respeito das intervenções que precisam ocorrer no complexo esportivo. O parque aquático está interditado, assim como a piscina da sede do Calabouço, no centro do Rio. Há reparos que precisam ser feitos na parte elétrica de São Januário e também no sistema de escoamento de água e esgoto. A quadra poliesportiva está abandonada, com piso destruído, vários focos de cupins e telhado vazado, o que provoca alagamentos na quadra e na arquibancada, com risco da proliferação de mosquitos no local.

— A época do jeitinho acabou. Não dá mais. As reformas têm de ser feitas, para que dure dez, 15 anos sem dor de cabeça. Estamos atrás de três orçamentos para apresentar o melhor para a diretoria. Mas sabemos das dificuldades. O mais importante é que não podemos fazer mais dívidas. Quando mandarmos reformar, temos de pagar — disse Manuel Santos.

Dinheiro é prioridade

São Januário terá de esperar. Na lista de prioridades da diretoria, o cuidado com o patrimônio do clube não está no topo. Diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler afirma que há outros problemas mais urgentes a tratar.

— Temos prioridades. A busca por viabilidade financeira é uma delas. Precisamos cumprir nossos compromissos com funcionários, fornecedores, parceiros. Temos de gerar recursos e diminuir as despesas — explicou.

O presidente Roberto Dinamite tem sido cobrado por sócios e conselheiros que frequentam o estádio com regularidade. Diferentemente do torcedor médio, que vive o clube mais restritamente no âmbito do futebol, quem vivencia a Colina tem sentido os problemas no local.

Manuel Santos admite que os problemas financeiros são grandes, o que dificulta a realização da manutenção adequada de São Januário. Mas ressalta que o clube não pode se preocupar apenas com o destino do futebol.

— Sempre puxamos a sardinha para o nosso lado. Sabemos das dificuldades, mas sabemos também das medidas que têm de ser tomadas. O clube passa por situação nada favorável. O futebol tem as suas necessidades. O problema todo é focar os investimentos apenas no futebol, com as necessidades gerais que o Vasco tem — destacou.

Enquanto isso, São Januário padece. De fato, o time de futebol está longe de ser o único problema do Vasco.

Fonte: Extra
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