Ricardo Gomes tinha razão quando destacou durante a semana que um time que fica sem jogadores como Felipe e Juninho muda muito, independentemente dos substitutos. Contra o Atlético-MG, ontem, faltou técnica. Faltou um maestro para cadenciar, para pensar o jogo. Mesmo assim, a vitória veio pelos pés, e pela cabeça, de Diego Souza, que, sem batuta, carregou o piano.
O Vasco começou mostrando dificuldade para armar as jogadas. Sem Felipe, suspenso, e Juninho, poupado, o time tinha dificuldades para sair jogando. A bola não parava no meio e a ligação era feita com chutões, para tentar aproveitar a correria de Eder Luis ou as trombadas de Alecsandro. Sem muito sucesso.
Com dois volantes em campo (Rômulo e Eduardo Costa), o time teve mais pegada, mas pecou na troca de passes. Estreante, Julinho foi uma boa válvula de escape, saindo pela esquerda. Pena que com Márcio Careca pouco inspirado, o setor foi pouco explorado nas jogadas ofensivas. Tanto é que foi pela direita que Julinho cruzou para o gol de cabeça de Diego Souza.
Por falar no camisa 10, que voltou ao time titular, ele, mesmo sem a maestria dos ausentes, colocou a bola embaixo do braço e mostrou personalidade. Na força física, buscou espaços na defesa rival, principalmente no segundo tempo, quando o Atlético-MG foi para cima tentando a virada. Ainda foi premiado com um gol de pênalti no fim.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)