Sem verba, Vasco recorre a investidores para trazer reforços

Em 2009, quando precisava montar um elenco para a disputa da Série B, o Vasco apelou para Carlos Leite. Foi o agente quem emprestou dinheiro e colocou no clube jogadores que posteriormente fariam sucesso na Colina, como Carlos Alberto, Fagner, Rômulo e Nilton. Novamente em aperto financeiro, a diretoria voltou a fazer parcerias para viabilizar a vinda de reforços. Gabriel Paulista, previsto para desembarcar em São Januário até amanhã, é o caso mais recente.

O zagueiro terá 100% dos direitos econômicos comprados por um grupo de investidores. O jogador do Vitória deverá se transferir para o Vasco sem custos para o clube carioca e assinar contrato de cinco anos.

Não que o gesto seja caridoso. Em contrapartida, o Cruzmaltino oferece um time no qual o jogador possa se valorizar. A estratégia, para o investidor, representa a chance de negociá-lo posteriormente por valor acima do que foi pago na compra. Para o Vasco, é a oportunidade de reforçar seu elenco.

— No momento, esse é o nosso único caminho. Mas tem de ser uma parceria boa, que não sangre o clube — ressaltou o diretor de futebol René Simões.

Sem previsão de receitas a curto prazo e com dificuldade para quitar os salários de janeiro e fevereiro, o Cruzmaltino pode trazer o sonhado centroavante para a Taça Rio da mesma forma. Na transação com os parceiros, não descarta incluir o percentual dos direitos de alguma promessa, mas garante ser algo que não pretende fazer no momento.

Depois de um ano sem articular grandes negócios, o Vasco voltou ao mapa das parcerias em 2013, na engenharia montada para permanecer com Dedé pelo menos até julho (o grupo DIS comprou parte dos direitos do zagueiro). Isso é visto como bom sinal.

— Mostra que o clube está com credibilidade novamente no mercado — afirmou o diretor geral Cristiano Koehler.