Alguém tinha que estar enganado. Tanto aliados de Alexandre Campello e quanto a Sempre Vasco mostravam muita confiança no próprio taco. Os primeiros apostavam na não realização de uma nova eleição na Colina, enquanto que o grupo de Julio Brant já fazia pesquisas de olho em um pleito em dezembro, conforme determinado por decisão liminar. Na quarta-feira, a decisão da desembargadora Márcia Ferreira Alvarenga, que derrubou liminar favorável à oposição, mostrou que presidente e companhia estavam mais próximos do acerto.
A confiança passou toda para o lado da grande coalisão contrária à eleição. No Tribunal de Justiça do Estado do Rio, a polêmica política do Vasco já é pauta batida, desgastante, e o pedido de afastamento do caso por parte de Maria Cecília Pinto Gonçalves, a mesma responsável pela anulação da urna 7, já sinalizou que algo havia mudado.
- Posso dizer que agora se reestabeleceu o bom direito - afirmou Rogério Peres, vice-presidente jurídico do Vasco: - O que vai acontecer a partir de agora dependerá do movimento das partes envolvidas. Mas antes, eu já tinha confiança de que não haveria uma nova eleição. Agora isso aumentou.
O outro lado não pode se dizer o mesmo. A esperança de ter uma nova eleição em dezembro diminuiu entre Julio Brant, Edmundo e seus pares. A questão ainda não está definida, mas a Sempre Vasco terá de esperar o julgamento do mérito para que uma nova eleição talvez aconteça. Eles não devem abrir mão da ação, mesmo com o revés imposto pela desembargadora Márcia Ferreira Alvarenga. Mas já cogitam ter de esperar o próximo período eleitoral do clube, em 2020.