Envolvido com o jornalismo há cinco décadas, e amante do futebol há seis, Sérgio Cabral é traído pela memória ao tentar lembrar detalhes de finais importantes que o Vasco, seu clube de coração, disputou ao longo da história. Ainda assim, depois da participação no programa Redação SporTV, com André Rizek e Sidney Garambone, o pai do governador do Estado destacou cinco decisões mais marcantes, de olho em mais uma delas, contra o Coritiba, nesta quarta, às 21h50 (de Brasília) no Couto Pereira (com transmissão do SporTV).
De cara, Cabral pede para registrar o título carioca de 1988, conquistado em cima do arquirrival Flamengo, com gol espírita do lateral Cocada no finzinho da partida, e, claro, \"a maior de todas\": a virada sobre o Palmeiras, por 4 a 3, pela Copa Mercosul, em 2000.
- Em 88, eu estava trabalhando no jornal O Globo e estava no Maracanã. Não me recordo se fui cobrir o jogo, mas sei que a emoção tomou conta de mim após aquela vitória. Já em 2000, aconteceu algo impressionante, difícil de se repetir. Espero que não tenhamos de passar por isso novamente - disse ele, em referência à finalíssima da Copa do Brasil, nesta noite.
Em seguida, o jornalista não esquece de 1970, ano em que o Vasco saiu da fila de 12 anos - sequência maior até do que a atual (de oito anos), em termos de taças de expressão. Foi uma decisão de Estadual contra o Botafogo, também no Maior do Mundo.
- Foi especial para muitos torcedores, muita gente não havia visto o clube ser campeão. Eu comemorei até às 5 da manhã num bar - lembra.
Sérgio Cabral entre André Rizek e o jornalista Sidney Garambone (Foto: SporTV.com / André Casado)
Já com mais dificuldades para separar, vieram o Brasileiro de 1989, com gol de Sorato calando o Morumbi, diante do São Paulo, e o de 2000, com um timaço liderado por Juninho Pernambucano, de volta à Colina, e Romário, que encheu os olhos de Cabral. Dessa vez, o rival foi o São Caetano, que surpreendeu diversos times grandes.
No fim, Sérgio Cabral não quis deixar fora outro triunfo sobre o Flamengo e anotou a sexta melhor decisão: a de 1958, como uma espécie de empate técnico.
Decisões escolhidas:
1958 - Em jogo com três expulsões, Vasco derrota o Flamengo por 2 a 1 e leva o 12º Carioca.
1970 - A vitória sobre o Botafogo, cheio de estrelas, por 2 a 1, resolve o campeonato. Logo depois, o Gigante da Colina até perde para o Fluminense, mas a taça já está garantida.
1988 - Aos 43 minutos, Cocada entra, aos 44 faz o gol sobre o Flamengo e aos 45 é expulso por exagerar na comemoração, sem camisa. Vitória por 2 a 1 e bi assegurado.
1989 - Jogando no Morumbi, o Vasco não toma conhecimento do São Paulo e, com gol de Sorato, resolveu o Brasileirão daquela temporada.
2000 - Triunfo incrível de virada, por 4 a 3, sobre o Palmeiras, no Palestra Itália, com três gols de Romário no segundo tempo.
2000 - Já em janeiro de 2001, por conta d queda do alambrado de São Januário na primeira tentativa de decidir o título, a equipe orientada por Joel Santana faz 3 a 1 no São Caetano, no Maracanã.