Em dia de decisão da Copa do Brasil, um famoso vascaíno ocupou a bancada do Redação SporTV, ao lado de André Rizek e de Sidney Garambone. Jornalista há mais de cinquenta anos, Sérgio Cabral analisou a final entre seu time de coração e o Coritiba, que acontecerá nesta noite, a partir das 21h30 (de Brasília), com transmissão do Canal Campeão. Para ele, os torcedores de ambos os lados têm razão para estarem confiantes, mas o vencedor sairá de um duelo setorizado em campo.
- Reconheço que o Coritiba tem um time que me agrada muito. A movimentação, a marcação, é uma das equipes que faz melhor isso no futebol brasileiro. Embora sentimentalmente torça pelo Vasco, sei que encontraremos dificuldades. Acho que o primordial é ir preparado para ganhar a luta no meio de campo - resumiu Cabral, que diz apostar em uma grande partida.
- Poucos serão como o jogo de hoje na temporada. Vai ser um jogo emocionante. É para recortar e guardar - destacou.
Há oito anos sem erguer uma taça de expressão (Carioca de 2003) e há 11 sem uma conquista nacional (Brasileiro de 2000), o momento do Vasco atual faz o jornalista se recordar de uma época semelhante de poucas glórias.
- A fase é igual à da década de 1960. Não ganhávamos nada. Tanto que eu levava meus filhos para assistir ao time juvenil do Vasco, que era bom. Em casa, nem falávamos do profissional. Em 1970, tudo acabou, batemos o Botafogo (pelo Carioca). Que hoje seja como em 70 (risos) - diverte-se Cabral, em referência aos 12 anos sem títulos.
Comando do clube na família
O pai do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, também reforçou a ideia do ver a família no comando administrativo em São Januário no futuro.
A fase é igual à da década de 1960. Não ganhávamos nada. Tanto que eu levava meus filhos para assistir ao time juvenil do Vasco, que era bom. Em casa, nem falávamos do profissional\"
Sérgio Cabral
- Ele (filho) fala comigo o tempo todo que quer ser presidente depois. Era um sonho meu também. Mas sou modesto e preguiçoso. Ele tem mais força e condições.
Apesar disso, questionado a respeito da virada cruz-maltina no ano, que começou muito mal, o jornalista não teve dúvidas ao afirmar que o presidente atual foi importante para o crescimento de produção dentro das quatro linhas.
- É o Roberto (Dinamite), que não é um gênio administrativo, mas é uma figura que irradia tranquilidade. Ele é um democrata, arejou o Vasco. Não tem deixado haver baixo astral. se for pesquisar um motivo forte, ele estará por trás.
Sidney Garambone, por sua vez, complementou exaltando o técnico Ricardo Gomes, que pegou o grupo desacreditado e perdeu apenas duas vezes em quase quatro meses.