A presença do Vasco na Série B pode fazer com que os ganhos das outras equipes na competição, ao menos, permaneçam os mesmos deste ano, quando havia o Corinthians. Essa é a opinião de José Neves Filho, presidente da FBA, entidade que representa os times excluídos do Clube dos 13.
Antes do Corinthians, cada clube recebia R$ 300 mil por ano. Em 2008 já foram R$ 700 mil e acho que é possível até aumentar. Comercialmente, o Vasco é tão bom quanto o Corinthians, até porque a praça do Rio de Janeiro está pouco explorada desde a subida do Botafogo, afirmou.
Apesar de ser o garoto-propaganda, o Vasco não teria direito a essa verba extra. Quem é rebaixado e recebe do Clube dos 13, além de ter sua cota reduzida em 50%, não tem direito ao dinheiro da FBA, que é repartido entre os outros.
Mas nada impede que o clube consiga um adicional com as emissoras. Até porque é provável que o Vasco jogue aos sábados e eventualmente às quartas-feiras, como fez o Timão.
O Corinthians fez uma negociação complementar e acho que ganhou até mais dinheiro do que se tivesse ficado com a cota inteira do Clube dos 13, disse Neves, que reclamou da desigualdade entre os valores recebidos nas duas principais divisões do País.
O valor mínimo recebido por um membro do Clube dos 13 é R$ 11 milhões. O Náutico, que estava na Série A, mas não faz parte do grupo, recebeu menos da metade. E isso porque reclamou bastante.
Segundo Neves, o Vasco não sairá de mãos abanando caso caia para a Série B. Pelo estatuto da FBA, a entidade provém passagem aérea, hospedagem, alimentação e transporte no local do jogo aos clubes que participantes. Por pior que seja a crise financeira, na Série B ninguém fica sem ter como chegar ao local do jogo. Esse é nosso diferencial, completou.