Torcida

Sistema de gratuidades do Maracanã é diferente de outros estádios

No entorno do Maracanã, os torcedores que chegam ao estádio na capital carioca são recepcionados por funcionários e ouvem: "Boa noite, senhores torcedores! Gratuidade, portões E e F. Bem-vindos ao novo Maracanã". No principal estádio do Rio de Janeiro, crianças menores de 12 anos, proprietários de cadeiras cativas, pessoas com necessidades especiais e idosos acima de 65 anos entram de graça. Enquanto os que se beneficiam de uma lei estadual que garante a medida a elogiam, aqueles que lucrariam reclamam das condições, bem diferentes do que se vê em outros estádios.

- (A gratuidade) facilita bastante, ideia ótima porque aí não pesa no orçamento do casal. Criança entrando de graça é melhor - diz Sebastião Craveiro, que foi assistir à partida entre Flamengo e Vitória ao lado da esposa e do filho Pedro Henrique, de sete anos.

Com os ingressos, o casal gastou R$ 90, enquanto o filho entrou de graça. A gratuidade ajudou, mas o torcedor ainda considera o preço alto.

- Tem que optar, porque este valor a gente não pode vir sempre ao Maracanã. Acho que está um pouco salgado, poderia estar um pouco mais barato.

Em outros estádios brasileiros a situação é bem diferente. Na Fonte Nova, em Salvador, não há uma legislação específica e os administradores decidiram assegurar a gratuidade apenas para as crianças até seis anos de idade. Na Arena Grêmio, em Porto Alegre, só crianças de colo, menores de dois anos, entram sem pagar. No Mané Garrincha, em Brasília, e no Mineirão, em Belo Horizonte, ninguém assiste aos jogos do graça.

- Nós conseguimos, neste ano de 2013, equilibrar as contas do clube exatamente porque passamos a contar com todo esse tipo de receita, inclusive de bilheteria. Não tem razão o clube pegar um ingresso que tem um valor econômico e entregar este ingresso para a torcida e perder esse dinheiro - afirma Gilvan Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro.

Em Fortaleza, no Castelão, a gratuidade vale para crianças de até 12 anos, idosos com mais de 65 anos, além de policiais militares e civis. Porém, há um limite de no máximo mil bilhetes disponibilizados, seja qual for a partida. Na Arena Pernambuco, o benefício é dado a menores de sete anos, além de atletas, árbitros e assistentes, na ativa ou aposentados.

- Assim como em outros setores, como teatro e cinema, em que existe gratuidade, acho que no futebol também é válido - opina Eduardo Moraes, vice-presidente administrativo do Náutico.

Diante das regras adotadas país afora, o Maracanã se tornou o estádio com o maior número de pessoas com acesso gratuito. No clássico entre Flamengo e Botafogo, realizado no dia 28 de julho, por exemplo, 52.361 torcedores foram à partida, mas 13.508 não pagaram os ingressos. Segundo a concessionária que administra o Maracanã, um termo de ajustamento de conduta prevê que a carga mínima de gratuidade seja de 10% da capacidade total do Maracanã, mas a proporção entre pagantes e presentes varia muito de jogo para jogo, já que não há um limite de ingressos gratuitos.

- A lei não estabelece um piso e nem um teto para essa quantidade de ingressos, então se estabelece uma média que é colocada em prática e essa média vai sendo dosada de acordo com a demanda do público. Mas a lei, no pé da letra, não te dá uma margem de quantos por cento do público tenho que destinar para esses beneficiários - diz Carlos Eduardo Moura, diretor-executivo de Arenas do Fluminense.

Para o aposentado Roberto Machado, de 67 anos, o direito a que tem hoje no Maracanã é um "ressarcimento" do dinheiro que já gastou com ingressos no estádio.

- Ajuda porque eles estão me devolvendo aquilo que deixei aqui até chegar a essa idade. Eu vinha todo jogo no Maracanã.

Neste meio de semana, dois jogos movimentam o Maracanã, com direito a gratuidades. Na quarta-feira, às 21h50, o Botafogo recebe o Corinthians. Na quinta-feira, às 21h, é a vez de o Flamengo enfrentar o Santos.

Fonte: Sportv.com
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