Com um trabalho ainda em formação, mas que já dá alguns sinais animadores, Marcelo Cabo tem apenas uma derrota até aqui no comando do Vasco. Porém, dois pontos evidenciam o que o treinador ainda precisa corrigir: o sistema defensivo e, principalmente, a reação a jogadas de bola aérea e parada contra sua equipe.
Embora esteja com um saldo positivo de sete gols na temporada, o Cruzmaltino teve a rede estufada em todas as 15 partidas. Destas, 12 tentos foram oriundas de lances com de bola aérea e/ou parada.
Foram seis gols sofridos somente ocasionados por cobranças de escanteio. Some-se aqui mais um gol após levantamento em cobrança de falta e outros cinco de cruzamentos das laterais —incluindo o do último jogo, quando o Vasco venceu o Madureira por 2 a 1 e se classificou para a final da Taça Rio.
"Se fizermos um gol e tomarmos quatro, se tomarmos um gol e fizermos três, é porque nosso time tem o DNA ofensivo. É claro que temos trabalhado bastante. Treinamos muito no dia a dia. Mas também tem a eficiência do outro lado, como foi o gol do Madureira. Não podemos tirar o mérito do gol do Madureira. Agora, se analisarmos o todo, a zaga se ouve muito bem. Foi uma única finalização do Madureira, então o sistema defensivo do Vasco funcionou muito bem", avaliou o técnico Marcelo Cabo.
Por outro lado...
Se o sistema defensivo ainda precisa de correções, o lado ofensivo anda bem, obrigado. Somente em uma partida sob o comando de Marcelo Cabo a equipe saiu em branco. Justamente na única derrota do treinador até aqui, contra o Madureira, no jogo de ida das semifinais da Taça Rio, quando o Vasco atuou com reservas e perdeu por 1 a 0, o que embasa seu argumento de "DNA" ofensivo.
Nos dois primeiros jogos da fase classificatória do Campeonato Carioca - derrotas por 1 a 0 para Portuguesa e Volta Redonda - Marcelo Cabo ainda não havia estreado e o time atuou com elenco e comissão técnica do sub-20.
Nos 15 jogos disputados até aqui, o Cruzmaltino já teve uma vitória onde marcou quatro gols (4 a 2 sobre o Bangu) e três onde marcou três gols (3 a 1 sobre Macaé, Flamengo e Resende).
Gols sofridos de bola aérea e/ou parada