Anunciado oficialmente na última quinta-feira (31/12), o técnico Vanderlei Luxemburgo foi apresentado na tarde desta segunda-feira (4/1), junto com o novo Diretor Executivo Alexandre Pássaro. Essa será a terceira passagem do comandante pelo Gigante da Colina, a última delas ocorreu no ano de 2019, onde Luxemburgo levou o time a Copa Sul-Americana. Durante sua apresentação, o treinador revelou uma relação de gratidão com o clube e ressaltou que veio para vencer e ajudar ao Vasco no Campeonato Brasileiro.
– Essa é minha terceira passagem aqui pelo Vasco da Gama, não podemos esquecer que minha trajetória no futebol, começou aqui. Eu tenho um orgulho muito grande disso, de ter trabalhado como assistente do Antônio Lopes e ter dado os meus passos aqui dentro. O primeiro time que eu dirigi foi o aspirante do Vaco da Gama numa preliminar no Maracanã, então tenho uma história antiga dentro do Vasco. Eu vendo o momento atual do Vasco, restando 12 jogos, é muito difícil das pessoas quererem aceitar vir ao clube pois acham que vão manchar a carreira e tudo mais. Mas eu não sou covarde, acho que é a hora da contribuição, da colaboração… Então eu entendi que o convite não era um convite, era uma convocação. Logo vou colocar todo meu conhecimento que tenho de Vasco, por ter estado com a maioria desses jogadores que hoje estão no clube, junto com a comissão técnica e será uma experiência nova de dirigir 12 jogos, então estou muito orgulhoso de poder voltar ao Vasco da Gama, nesse momento em que o Vasco precisa que todos nós nos coloquemos a disposição do clube. Tenho certeza que vamos conseguir, não brigar contra o rebaixamento, mas sim manter o Vasco na primeira divisão – enfatizou Vanderlei Luxemburgo.
Vanderlei retornou ao Vasco pouco mais depois de um ano. O novo treinador disse que o processo para seu retorno aconteceu muito rápido e enfatizou a sua vontade de permanecer no clube, caso as metas sejam atingidas. Luxemburgo ressaltou o número curto de jogos que terá, mas disse que tratará essas partidas como se fosse um campeonato e revelou que pretende vencer a todo o custo.
– Minha volta ao Vasco da Gama, foi muito rápida. Conversei com o Pássaro rapidamente, agradeço ao Campello que é o presidente do clube, que está de saída para a entrada do Jorge Salgado, eles conversaram entre si e não teve nenhuma situação de resistência muito pelo contrário. Para mim é uma volta muito boa, acho que não é um desafio, creio que quem tem competência nunca se sente desafiado. Essa é a possibilidade de mais um trabalho, não adianta você pensar para frente, se você tem 12 jogos para decidir a sua vida. Estamos encarando essas partidas como um campeonato que tem apenas 12 jogos, acabando esses confrontos aí sim começaremos a pensar mais a frente. Claro que a prioridade é a renovação com o Vasco da Gama, mantendo o clube na primeira divisão, para que nós possamos dar uma continuidade ao trabalho. Qual é o nosso principal objetivo? Disputar um campeonato de 12 jogos, para sermos campeões desses jogos ou no mínimo vice campeões – disse o treinador
Veja outros temas abordados pelo treinador:
Talles Magno
– É um moleque que foi lançado aqui com 16 anos. Eu vi em um coletivo de reservas dos juniores contra reservas do profissional. Vi esse jogador altão, mexendo com a bola, perguntei quem era. Falaram que estava no banco porque tinha 16 anos, pedi para deixar comigo. Estou conversando com ele e já estou identificando as coisas que aconteceram com ele. É um menino.
– Tem que deixar ele fazer tudo aquilo que os outros não sabem fazer. Ele vai ser incentivado a voltar a fazer aquilo que ele fez em São Januário, quando deu uma lambreta num jogador do Fortaleza, o cara foi expulso, nós ganhamos o jogo. Tem que voltar a fazer a arte de jogar futebol. Ele tem, os outros não têm. “Ah, mas ele não consegue marcar”. Claro, se ele conseguisse, não seria o jogador que ele é para frente. Tem que dar a chance de ele poder mostrar seu potencial novamente.
Jogadores da Base
– Todo mundo sabe que gosto de olhar para a base. O Pec subiu comigo no ano passado e ele era um filé de borboleta. Ele encorpou, e as jogadas dele são mais decisivas do que antes. Gostei muito, mas gostei da equipe. Todo mundo acha que essa equipe ser colocada no time de cima vai salvar o Vasco da Gama. Calma! Vi o Riquelme jogando, é muito garoto, é muito franzino. O paraguaio chega bem, mas falta alguma coisa. Em todos falta alguma coisa. É muita responsabilidade para um grupo que acabou de ganhar um campeonato.
– Já temos alguns garotos da base do Vasco que já estão comigo. Caso do Juninho. Forte e meio indolente. Meio irresponsável. É meio Talles, gosta de jogar bola e fazer a coisa diferente. E fora de campo gosta de dar um namorada, eu também gostava. Achar que isso é ruim é que não está certo, não (risos).
Continuidade do Trabalho
– O Diniz está sendo campeão brasileiro e deve ser o campeão brasileiro, o Raí disse para não perguntarem mais sobre a possível saída do Diniz porque ele continuaria no São Paulo até o fim do Brasileiro. Se você pegar o Andrés quando o Corinthians perdeu a classificação na pré-Libertadores, ele disse: “Sai todo mundo, mas não sai o Tite”.
– Quando você tem um dirigente que tem aquilo roxo e banca o profissional, você pode ter certeza que vai ter resultado. É uma coisa que observei. Foi assim comigo no Palmeiras em 1993, a torcida queria me tirar com 30 dias, e o Mustafá me segurou.
Transição ofensiva
– A transição ofensiva não se dá pela velocidade, se dá pela bola. Você tem que posicionar o jogador corretamente para que ela chegue com qualidade. Um campo 104 por 68. Se você dividir o campo em três terços, você ocupando os terços você vai estar compacto. Tanto a transição ofensiva quanto defensiva vai ser rápida.