Em entrevista especial a O SÃO GONÇALO, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a segunda vice-presidenta do Vasco (atualmente Elói Ferreira é o 1º vice), Sônia Andrade, 54, falou sobre sua gestão e o desafio de estar num cargo de liderança em um grande clube brasileiro, onde o ambiente é dominado por homens.
“Eu chego nessa função com uma responsabilidade muito grande. Quero promover a inclusão de mulheres, não apenas em cargos diretivos, mas também trazê-las para dentro do clube como sócias. Além disso, almejo incorporar a responsabilidade social. O Vasco tem uma marca valiosa nesse sentido por ter incluído negros no futebol e quero ampliar isso. A gente vai começar com um projeto em breve que vai ajudar na legalização da moradia na Barreira do Vasco (comunidade que fica no em torno de São Januário)”, disse Sônia.
O convite para assumir o atual desafio surgiu do presidente cruzmaltino, Alexandre Campello. “Quando Campello assumiu a gestão, ele pensou que a chapa deveria incluir uma mulher e me convidou. Trabalhamos juntos na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), ele como médico e eu na área social”, revelou. Um dos obstáculos que Sônia já sentiu na pele foi o machismo. Mas isto é algo que ela afirma que passará por cima, mostrando seu potencial. “Quando fui nomeada no Vasco, parte da torcida perguntou de que cozinha eu tinha saído. O machismo é algo geral, não é algo exclusivo do esporte. Inclusive convivo com isso em meu ramo profissional. Eu luto contra esse tipo de discriminação com muito trabalho”, finalizou.