Da geração sub-17 do Vasco, Mateus Pet foi integrado aos profissionais no início de novembro. Evander e Andrey devem ser os próximos em 2016. A vez de Paulo Vitor, porém, ainda vai demorar um pouco mais. Chegar ao grupo principal é um sonho que o próprio jogador adia por enquanto. Mais novo da categoria aos 16 anos, o meia foi um dos destaques da campanha do título do Campeonato Carioca Juvenil com 13 gols e será promovido ao elenco sub-20 na próxima temporada - ele deve disputar a Copa São Paulo de Futebol Junior em janeiro. Após retornar à São Januário no primeiro semestre e já conquistar o primeiro troféu pelo clube, o jovem agradeceu o apoio do diretor geral da base cruz-maltina, Álvaro Miranda - filho do presidente Eurico Miranda -, e se colocou no final da fila das promessas para subir.
- Venho trabalhando muito, buscando sempre melhorar. Criei algumas metas quando voltei. Graças a Deus, algumas já foram batidas, mas temos sempre que buscar mais. Tenho vontade de chegar ao profissional, até mesmo para realizar um sonho meu, da minha família e de todas as pessoas que contribuíram em minha caminhada. Em especial do Álvaro, quem eu considero um pai e que me ajuda muito desde que comecei no Vasco, com oito anos de idade. Mas sei que ainda preciso trabalhar muito, melhorar em alguns aspectos. O Mateus, o Evander e o Andrey estão mais próximos e eles merecem isso. Vou continuar trabalhando forte, com foco, para chegar no time de cima. Não tenho pressa, até porque ainda preciso mostrar serviço no sub-20. Sei que irei receber uma oportunidade no momento que merecer.
Quem viu Paulo Vitor em ação foi Jorginho, que foi a São Januário para acompanhar a final contra o Flamengo no último sábado ao lado de seu auxiliar Zinho e do preparador físico Joelton Urtiga. Jogador muito habilidoso, de velocidade e com faro de gol, o meia acredita que o técnico já conheça suas características, mas espera ter uma avaliação do futuro comandante para evoluir ainda mais antes de chegar aos profissionais.
- Acho que o professor Jorginho conhece meu potencial. Não sei ainda qual foi a avaliação dele sobre o jogo, mas assim que souber irei procurar trabalhar em cima dela. Sempre procuro escutar as pessoas que conversam comigo, porque sei que elas querem o meu bem. Vou sempre buscar melhorar. Graças a Deus fomos coroados com um título que não vinha faz 15 anos e ele estava lá presente acompanhando, nos observando. O que posso garantir para ele e todos os torcedores vascaínos é que atitude, raça e vontade de vencer nunca vão faltar em mim. Vou sempre fazer de tudo para ajudar o Vasco.
Paulo Vitor foi o pivô de uma polêmica com o Fluminense ao trocar o Tricolor pelo Cruz-Maltino no início do ano – nas Laranjeiras, reclamaram do sumiço do jogador à CBF e à Ferj, que autorizou a inscrição do atleta de volta ao time da Colina; o diretor da base do Vasco negou aliciamento na época e lembrou que a formação do jovem havia sido em boa parte em São Januário. O meia quer deixar o imbróglio para trás. Ele já enfrentou o Flu no estadual - inclusive marcando um gol na vitória por 2 a 1 em Xerém -, e pregou respeito ao ex-clube.
- Para mim, ter jogado contra o Fluminense e ajudado o Vasco com um gol foi muito gratificante. Fiquei muito feliz, muito mesmo, pois foi um jogo muito difícil. Ganhamos na casa deles com menos dois jogadores. A boa partida, a vitória, foi resultado da nossa dedicação nos treinamentos. Deu tudo certo, graças a Deus. Em relação ao Fluminense, é uma instituição que respeito muito - frisou.
Com 16 anos completos em julho, Paulo Vitor vai assinar em breve seu primeiro contrato profissional. O meia e o Vasco têm acordado um vínculo com três anos de duração. Outras joias do clube, como Andrey, e Mateus Pet, também firmaram recentemente compromisso até o segundo semestre de 2018.