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Sub-20: Conheça a trajetória de Lucas Eduardo, destaque da base vascaína

Louco por futebol, caneleira de papelão, passagem pela seleção e apoio incondicional dos parentes. São algumas histórias de Lucas Eduardo, meia da equipe sub-20 do Vasco, que envolve o sonho em se tornar jogador profissional. O Vasco decide, neste sábado, às 15h, no Nivaldo Pereira, a vaga na final do Carioca Sub-20 contra o Botafogo. E o ge ouviu familiares do jogador, que contaram a trajetória de um dos futuros do clube.

- Toda vez que ele entra no campo o coração quase sai pela boca. Quando ele faz gol, não sei definir a felicidade, porque é tanta. Traz um equilíbrio na cabeça, uma paz como se a gente estivesse tendo a certeza de que estamos no lugar certo – é o relato emocionado de Cleile, mãe de Lucas Eduardo.

Cleile compartilha um sentimento de uma mãe que faz de tudo para seu filho realizar o sonho de jogar futebol. Quando Lucas era pequeno, Cleile trabalhava em hospital e passava muito tempo fora de casa. Por isso, a tia Rosimar foi uma figura muito presente na vida de Lucas, a qual ele considera como uma segunda mãe. As duas faziam de tudo, mesmo que as dificuldades também fossem do mesmo tamanho.

- Demorava uns dois ou três meses e a chuteira dele já estava toda arrebentada, porque soltava o solado. Eu virava e falava “Lucas, preciso levar no sapateiro, mas vamos ter que esperar só o final do mês para receber e poder colar essa chuteira” - conta a tia, que ainda completa:

- Ele pedia uma caneleira e falava para ele que não estava podendo comprar. Então o Lucas pegava um papelão, enrolava na canela e botava uma fita isolante. Isolava o pé dele com um papelão. Era desse jeito. Lucas também pegava papel higiênico e botava dentro do meião e ia jogar bola no quintal – concluiu a tia Rosimar.

Pela proximidade, Lucas também frequentava bastante a casa da tia, que tem duas filhas: uma de 25 e outra de 19 anos - mesma idade do jogador do Vasco.

- Quando ele chegava em casa, arrumava confusão com as minhas filhas. Quando eram crianças, o Lucas jogava a bola toda hora no portão e fazia aquele barulho. As meninas iam falar e ele respondia: "Estou treinando, porque eu vou ser jogador" - explica a tia Rosimar, que ainda continua:

Antes de chegar na equipe de São Januário, Lucas começou no Nova Iguaçu, clube da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, por onde jogou de 2014 até 2017. Neste tempo, uma figura importante na vida do menino foi Marcelo, amigo da família que o levava para os treinos.

- Conheci ele através do meu filho. Eles jogavam bola aqui no Seu Jorginho. Meu filho na época jogava no Nova Iguaçu, então levei o Lucas lá para fazer o teste e ele foi aprovado. Eles iam para escola, vinham para casa e era só o tempo de almoçar e para irmos para o treino na parte da tarde. E assim começou a trajetória dele no futebol – contou Marcelo.

Mas se hoje ele está no time de São Cristóvão, isso se deve bastante a uma pessoa: Léo. Na época, Léo era funcionário do Vasco e fez essa primeira ponte para o teste do garoto no clube:

- Conheço o Lucas desde dentro da barriga da mãe. Desde pequeno tinha muita vontade de jogar futebol e sempre se destacou nos treinos do Seu Jorginho (que ficava na comunidade de Antares, onde Lucas nasceu). Quando eu trabalhava de segurança lá no Vasco, via muitos garotos jogando e pensava: "O Lucas tem vaga aqui". Até o dia que levei o menino para fazer um teste e todo mundo ficou encantado – explicou Léo.

No Vasco desde 2019, Lucas faz um excelente 2023. Além de ser um dos principais nomes da equipe no Carioca sub-20, o meia já fez sua estreia na equipe principal. A primeira partida foi quando entrou no segundo tempo no empate sem gols contra o Madureira na estreia do Campeonato Carioca. Antes disso, já havia disputado três partidas pela Copinha. Ao todo, na temporada, são 16 jogos e três gols.

Convocação para a Seleção Brasileira

A carreira também conta com passagens pela Seleção Brasileira. Em 2021, quando estava no sub-17 do Vasco, foi convocado para amistoso na preparação para a Copa do Mundo da categoria, porém que foi cancelada por conta da pandemia. Mesmo assim, a convocação em si foi festejada pelos familiares.

- Eu me lembro quando o Lucas estava num curso, na sala de aula, ele me ligou e o empresário dizendo que ele havia sido convocado para seleção brasileira. Eu paralisei assim por uns dois minutos e fiquei olhando para o nada. Automaticamente eu ajoelhei na sala de aula e agradeci a Deus. Porque é um sentimento tão mágico. Foi a conclusão de uma metade de um sonho - relatou Cleile.

- É gratificante ver aonde meu filho chegou e eu tenho certeza de que ele chegará em lugares que até mesmo ele nunca pensou em chegar – finalizou a mãe de Lucas.

A próxima partida de Lucas será neste sábado pela partida de volta do Carioca Sub-20. No jogo de ida, no Nilton Santos, o Vasco venceu por 2 a 1.

Fonte: ge
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