Futebol

Suderj, antiga gestora do Maraca, dobrou gastos com estádio em obras

Antiga administradora do Maracanã, a Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj) gastou mais dinheiro enquanto o estádio esteve fechado para reformas do que quando ele estava aberto e recebendo jogos.

As obras, que ocorreram entre setembro de 2010 e abril de 2013, foram realizadas por um consórcio privado, formado pelas construtoras Odebrecht, Delta e Andrade Gutierrez. Durante o período, os custos da Suderj com o estádio resumiram-se ao pagamento de contas de água e luz, além de segurança e limpeza.

"As contas de água e luz do Maracanã foram pagas pela Suderj durante as obras de reforma do estádio. O Governo entendeu que ficaria mais barato fazer esse pagamento, porque a construtora iria cobrar uma taxa de administração. Como a Suderj e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer ocupam a mesma sede administrativa, o custo operacional com contas de água, energia, segurança e limpeza, fica a cargo da Suderj", revelou a Secretaria de Esporte e Lazer, à qual está ligada a Suderj, à reportagem do ESPN.com.br.

Um Maracanã a menos, gastos maiores

Em 2009, quando ainda estava à frente do Maracanã, a Suderj gastou pouco menos de R$ 7 milhões com atividades operacionais em complexos esportivos. Em 2010, quando administrou o estádio apenas durante 9 meses, o valor aumentou em quase 50%, para R$ 10,3 milhões.

Em 2011, primeiro ano integral de obras no Maracanã, o total gasto subiu para R$ 14 milhões. Em 2012, o valor chegou a R$ 17,5 milhões, duas vezes e meia do que fora gasto em 2009, último ano "cheio" da Suderj à frente do estádio. Os dados são do Portal de Transparência da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio.

Considerando os gastos totais, a superintendência também movimentou mais dinheiro depois do fechamento do Maracanã. Após gastar R$ 33,5 milhões em 2009, foram R$ 39 milhões em 2010. Em 2011, o valor ficou R$ 38,7 milhões. 2012, apenas, apresentou uma pequena queda em relação aos gastos da "era Maracanã", com pouco mais de R$ 32 milhões.
Tiago Leme/ESPN
Torcedores de Fluminense e Vasco encheram atrás dos gols, mas parte central do Maracanã ficou quase vazia
Hoje administrado por um consórcio privado, o novo Maracanã pode voltar à Suderj na próxima semana

Sem o complexo Maracanã - o próprio estádio, o ginásio do Maracanãzinho, o Parque Aquático Julio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros, todos fora da jurisdição da Suderj desde setembro de 2010 -, a superintendência hoje é responsável por administrar apenas equipamentos esportivos de pequeno porte: a Vila Olímpica do Sampaio, o Complexo Esportivo da Rocinha, o Parque Ambiental Praia das Pedrinhas (Piscinão de São Gonçalo) e o Complexo do Caio Martins, que inclui instalações como piscina e ginásio - o estádio, de fato, é gerido pelo Botafogo.

A Secretaria de Esporte e Lazer atribuiu os gastos durante o período de obras a "manutenção, administração, compra de material, limpeza, folha de pagamento de pessoal e segurança" das instalações supracitadas.

Futuro incerto

Após o Governo do Estado do Rio anunciar que não mais demoliria o Parque Aquático Julio Delamare, o Estádio de Atletismo Célio de Barros e a Escola Municipal Friedenreich, o consórcio privado que hoje administra o Maracanã - formado pelas empresas Odebrecht (90%), IMX, ligada ao empresário Eike Batista (5%) e AEG (5%) - pediu 20 dias para apresentar uma nova proposta e avaliar se seguirá ou não à frente do estádio. O prazo expira na próxima segunda-feira, dia 26 de agosto.

Caso o Governo e a concessionária não cheguem a um acordo, o Maracanã voltará a ser administrado pela Suderj. Segundo levantamento do jornal O Globo, o estádio hoje custa cerca de R$ 4,1 milhões mensais ao consórcio. Questionada sobre a possibilidade de haver novas subidas nos gastos com a retomada do estádio, a Secretaria de Esporte e Lazer não se manifestou.

 

 

Fonte: ESPN Brasil
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