Pura coincidência, mas os três técnicos que comandaram o Vasco na campanha do rebaixamento virtual à Série B tiveram praticamente o mesmo número de jogos na competição para tentar evitar o pior. Dividiu-se o campeonato em três: o primeiro terço ficou com Ramon Menezes, o segundo, com Ricardo Sá Pinto, o último com Vanderlei Luxemburgo. Não dá para nenhum reclamar do legado do outro.
Com o empate com o Corinthians, Luxemburgo chegou aos mesmo 11 jogos que Ricardo Sá Pinto teve à frente da equipe. O Vasco do ex-lateral-esquerdo tem exatamente a mesma campanha do time do português: duas vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Os mesmíssimos 30% de aproveitamento.
Ramon Menezes teve dois jogos a mais que os dois sucessores e neles teve 40% de aproveitamento. Se conseguissem ao menos repetir o rendimento do primeiro, o Vasco teria 44% e estaria garantido na Primeira Divisão.
Ramon tem vantagens de trabalho em relação aos dois. Assumiu durante a pandemia e teve tempo de sobra para preparar a equipe. Sem contar que perdeu poucos jogadores por causa das Covid-19. Quem teve mais problemas neste sentido foi Ricardo Sá Pinto. O português teve menos tempo para trabalhar e ele mesmo também sofreu com a Covid-19, que o afastou dos trabalhos.
Em relação a tempo para preparar a equipe, Luxemburgo fica no meio do caminho entre Ramon e Sá Pinto. Não teve o tempo da pandemia, mas também pegou o Vasco já fora das outras competições, dedicado apenas ao Brasileiro. Além disso, praticamente não teve desfalques por causa do coronavírus. Mexeu na equipe não por lesões, mas na procura de uma formação boa que nunca veio.
Depois de uma temporada em que ainda teve Abel Braga no comando da equipe, durante o Estadual, o Vasco vai começar a preparação para a próxima tendo de decidir quem tocará o trabalho à beira do gramado. Vanderlei Luxemburgo já se candidatou. Basta saber se a diretoria aprova o candidato.