A temporada 2013 do Vasco promete gastos bem mais modestos do que em anos anteriores. Em meio à uma grave crise financeira no clube, a proposta orçamentária para o ano que vem prevê cortes de custos em vários setores, que vão atingir também o departamento de futebol.
Nos corredores de São Januário comenta-se que um dos segmentos mais afetados será a gestão dos esportes olímpicos, que poderá depender de investidores externos para se manter no quadro. Vale ressaltar que o caso do remo tem de ser estudado de forma diferente, porque, por estatuto, o Vasco é obrigado a ter o esporte.
A proposta foi passada ao presidente do Conselho Fiscal, Hélio Donin, e ao presidente do Conselho Deliberativo em exercício, Roberto Monteiro, em um encontro que aconteceu quinta-feira.
Os membros da comissão que elaboraram o documento, inclusive, já se reuniram com René Simões, diretor executivo de futebol, e passaram a atual situação ao dirigente.
Membros da comissão conversam com o René (Simões) e foram em cada departamento para ver o que poderia ser feito. Acho que o time vai ser mais modesto, mas não tem saída. De repente, o clube vai depender de outras situações para conseguir montar um bom time ressaltou Donin, que completou:
Não adianta aprovar o orçamento e chegar na hora, esse é meu amigo, não vou demitir. Tem de ser de cima para baixo, principalmente no futebol, que está muito inflacionado. É muito dinheiro.
A intenção do Conselho Fiscal é analisar e dar o parecer até terça, para que o Conselho Deliberativo possa fazer a convocação. Roberto Monteiro estipulou como data para a reunião o dia 27.
Bate-Bola
Hélio Donin - Presidente do Conselho Fiscal do Vasco, em entrevista ao LANCENET!
Como foi a reunião de quinta-feira com a comissão?
Foi boa. Eles deram uma adiantada no que foi feito no orçamento. Embora não tenha entregue oficialmente, já deram um levantamento do que vai ter e tudo na proposta. Estou esperando chegar oficialmente nas minhas mãos.
Quais foram os dados que a comissão passou para o senhor?
Perguntamos como foi a reunião com os vice-presidentes e se eles aceitaram os cortes. Porque não adianta aprovar o orçamento e chegar na hora, esse é meu amigo, não vou demitir. Tem de ser de cima para baixo, principalmente a parte do futebol, que está inflacionada.
Quais setores vão sofrer?
Vai ter um corte geral. Não falamos em valores. Não sei dizer o percentual de redução. Vai ter de acontecer uma forte redução. Não podemos ficar pegando dinheiro antecipado sempre. Ficamos com pouca verba para receber. Eles conversaram com cada departamento para ver o que poderia ser feito.