O atacante Carlos Tenorio ganha nesta sexta-feira um concorrente para a sua posição no ataque vascaíno. André, ex-Santos, deve ser apresentado após o treino e se juntar ao elenco do técnico Paulo Autuori. Mas nada tira o humor do equatoriano do Vasco. Cada vez mais habituado com as gírias dos jogadores - \"vou até falar\" é usado em quase todas as frases -, o camisa 11 ficou feliz de saber que é um dos mais cotados no Cartola FC (custa 20 cartoletas), fantasy game do SporTV.
- Todo mundo diz que o Vasco está mal, e eu sou um dos mais caros? Bom, né. Acho que é minha mãe que está apostando em mim (risos). Mas é uma responsabilidade. Vou montar meu time e já falei para o Luan (zagueiro, um dos mais baratos, tem o preço de 4 cartoletas): você é do meu Cartola. Falei que ele tem que jogar bem - disse o equatoriano, que ainda não aderiu ao fantasy game que já está no ar e tem mercado aberto até 16h30 deste sábado, duas horas antes de o Vasco estrear diante da Portuguesa, em São Januário.
O jogador de 33 anos, que ano passado, como ele mesmo lembra, \"ficou mais no DM (departamento médico) do que em campo\", crê em dificuldades já para o jogo de estreia, mas mostra confiança na evolução do time após tanto tempo só treinando.
- Temos que jogar da mesma maneira contra a Portuguesa, Atlético-MG, São Paulo... Respeitando a todos, mas acreditando sempre. Dificilmente vamos encontrar mais de mil pessoas que acreditam no Vasco, mas aqui dentro, os 30 jogadores, nós acreditamos - afirmou o atacante.
Com sete jogos a menos do que fez em toda temporada passada e os mesmos cinco gols, o atacante aposta no trabalho e no \"grande currículo\" do técnico Paulo Autuori. Tenorio cita as orientações do treinador, que pede compactação a todo instante e muita organização tática, com triangulações e variações de jogadas.
- Ele sabe como fazer a gente render mais. É um cara que vê como jogam os times europeus. Lá, é 11 para frente, 11 para trás. O mesmo time para defender, o mesmo time para atacar.
Quanto melhor a gente defender, mais a bola a gente vai ter - lembrou o jogador, dono de uma chuteira personalizada com a inscrição \"Demoledor\" (o apelido do jogador em espanhol) e um pingente, que a mãe dele o presenteou.
Cheio de saudade de entrar em campo, o jogador disse que \"sábado é hora de pegada\", de sofrer e lutar em campo, com apoio da torcida, mesmo sob pressão pelo resultado. Com boa participação nos treinamentos, ele voltou a exibir o bom humor no fim da entrevista.
- Já fiz muito gol no treino. Se depender deles (dos gols fora do jogo), o Vasco já era campeão.