Carlos Tenorio costuma dizer que ainda não estreou pelo Vasco, embora tenha chegado no início de 2012. Em março do ano passado, sofreu uma grave lesão no tendão de Aquiles que o tirou de campo por cinco meses. De agosto a dezembro, conviveu com uma série de problemas musculares, consequência do tempo de inatividade. Por isso, nem mesmo o fato de ter ficado uma semana fora da pré-temporada de 2013 o desanimou. Integrado ao elenco na última segunda-feira, o equatoriano se disse pronto para fazer sua estreia pelo clube.
- Pode ser complicado, mas para o jogador que fica completamente parado nas férias. Eu nunca deixei de trabalhar a parte física neste período. Sou um cara profissional e já vinha trabalhando muito no Equador. Além disso, os testes que fiz aqui foram muito bons. O ano passado não foi bom para mim, não joguei. Agora eu quero jogar e estou pronto disse.
Tenorio chegou ao Brasil por volta das 5h30m da última segunda-feira, depois que o Vasco confirmou sua permanência. O atacante ficou no Equador até que seus representantes firmassem um acordo com a diretoria cruz-maltina por conta de uma dívida referente à sua transferência, em 2012. Além disso, o atacante recebeu uma proposta do Catar, embora garanta que jamais tivesse a intenção de deixar São Januário.
Passei quase toda a minha vida jogando no Oriente Médio e, se voltei para a América do Sul, foi pela competitividade. Essa proposta não me seduziu
Tenorio
- Resolvemos aquele inconveniente. Aliás, quero deixar claro que nunca tive problema com o Vasco. Tenho muito apreço pelo que o clube fez por mim. Além disso, passei quase toda a minha vida jogando no Oriente Médio e, se voltei para a América do Sul, foi pela competitividade. Essa proposta não me seduziu explicou.
Com a saída de Juninho, Felipe e Fernando Prass, Tenorio passou a ser o jogador mais velho do elenco do Vasco. Aos 33 anos, ele confia na força dos jovens e se diz otimista quanto ao desempenho de um grupo que hoje está em formação.
- São muitos jovens, mas experiência se ganha jogando. O mais importante é todo mundo ir para o mesmo lado. Assim fica mais fácil. O Vasco perdeu 70% do time, e quem ficou é porque gosta do clube. Nossa equipe não é favorita, mas é certo que vem para brigar. Ninguém está aqui só para participar frisou.
O atacante ainda mostrou-se confiante num desempenho individual digno de um Demolidor.
- É um apelido que me motiva muito. Parecia que eu não ficaria, mas estou aqui brincou.