Foi no Vasco que Thiago Galhardo começou a colher os frutos de uma mudança progressiva de posição que o transformou no atual artilheiro do Brasileiro, pelo Internacional, com 13 gols. Os clubes são adversários às 18h15 deste domingo, em Porto Alegre.
A passagem por São Januário, equipe onde mais atuou em dez anos de carreira — 52 jogos em 15 meses — ficou mais marcada pela saída conturbada do que pelas nove vezes que balançou as redes.
Contudo, pode ser considerado o "pré-sal" de um DNA de goleador, que faz com que Thiago, 31 anos, já tenha conversas com o Inter para ampliar o contrato válido até o fim de 2021.
— (A boa fase) passa também por um amadurecimento, está consciente de que precisa encerrar ciclos. Foi uma das coisas que a gente falou. Tem que viver esse momento. Surgiram algumas sondagens, mas acabou ficando, e vai ficar — afirma o diretor do Inter, Rodrigo Caetano.
Segundo Galhardo, o atual momento se explica pela forma diferente de jogar no Inter de Coudet. Hoje o atleta atua mais adiantado, como segundo atacante, e até como falso nove em alguns momentos.
— Em quase toda a minha carreira eu joguei em times reativos, que se fechavam e buscavam o contra ataque, e aqui no Inter é diferente. O Chacho pede sempre para jogarmos com intensidade, para tentarmos retomar a bola o mais rápido possível e isso te dá a oportunidade de estar mais perto do terço final do campo e, consequentemente, do gol — argumenta Thiago, ao EXTRA, completando:
— São muitos fatores que estão me ajudando nesse sentido, o mais importante deles é estar jogando em um time com a ambição do Internacional, que entra em todas as competições que disputa em condições de brigar por títulos. Ter ao meu lado jogadores de qualidade e contar com um treinador como o Chacho têm me facilitado bastante.
Questionado sobre o Vasco, o jogador evita polêmica, mas lamenta não ter tido sequência. Depois da saída, deu a volta por cima no Ceará, antes de brilhar no Inter.
— Aprendi muito e sou muito grato ao Vasco por tudo o que vivi enquanto defendi o clube. Vivi bons momentos, alcancei bons números no geral, mas depois da saída do Zé Ricardo acabou que não tive mais a sequência e confiança que precisava para seguir rendendo o meu melhor. Independente disso, foi uma experiência muito positiva em todos os sentidos.